O Serviço Social no Brasil e a distância do ensino

No Brasil temos, historicamente, exemplos de assistencialismo e filantropias. Desde o século XIX as preocupações com o direcionamento do Serviço Social vêm sendo estudadas para a implementação de políticas públicas não assistencialistas, mas de direcionamentos ao serviço social analisando as contradições sociais e, a partir dos direitos sociais de cada cidadão traçar ações de transformação social. O Serviço Social, portanto, está a serviço da transformação social, do ponto de vista à eqüidade social.

Parece ser um pouco utópico tal pensamento, mas através da motivação dos movimentos populares, do envolvimento na construção das políticas públicas, os profissionais da área social venham poder identificar fatores que melhorem a qualidade de vida da população mais necessitada.

Avanços nas ações sociais e no estudo de levantamentos das dificuldades de informação vem sendo alavancados. O cidadão carente não tem acesso a
informações sobre seus direitos e deveres, muito menos, a possibilidade de transformar, através do aprendizado, sua vida. O capitalismo envolve o cidadão no trabalho deixando-o a margem das informações, a margem dos acontecimentos, excluindo-o. A necessidade mecânica, ou seja, seu corpo é
peça de trabalho e o esquecimento de sua capacidade de pensar, transforma o indivíduo num objeto, de fácil manipulação política e, por este motivo, de baixo valor, vendável a qualquer preço: vende seu voto. As construções de políticas públicas ficam a mercê destes “homens objetos” os quais seriam os beneficiários.

O ensino a distância trouxe a possibilidade de os trabalhadores poderem estudar ou ter acesso às informações através de tele-aulas, materiais didáticos e assim, fazerem parte do sistema. O Serviço Social deve informar das possibilidades de transformação através da educação e envolver os indivíduos à vida.

Diminuir a distância às informações é igualmente o objetivo dos cursos oferecidos à distância como um trabalho do serviço social, que nada mais é do que inserir o indivíduo à sociedade atual.

Minimizar e amenizar se tornaram palavras do passado. A nova ordem é oferecer, informar, ensinar, transformar…

Profª Maria Isabel M. Ritzmann – Assistente Social e Jornalista
Tutora de Serviço Social da FEPAR – Faculdade Evangélica do Paraná
NEAD- Núcleo de Ensino a Distância

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *