A importância de cansar o bichinho mentalmente

“Estimular a inteligência dos cães tem um impacto significativo em seu comportamento. Essa mudança positiva no cérebro expõe a uma variedade de experiências interessantes, lugares e outros pontos valiosos para a vida do animal de estimação. Isso não apenas os auxilia a aprender mais facilmente e a realizar tarefas complexas, mas também a serem menos emocionais, temerosos e, até mesmo, agressivos e destruidores”, pontua Richardson Zago, adestrador.

Além dos brinquedos recheáveis e aqueles que liberam petiscos, Zago destaca duas atividades que podem ser facilmente implementadas em casa: um “caça-ração” no meio do feno, excelente para estimular o olfato do pet; e o “labirinto”, que pode ser feito até mesmo com caixas de papelão, desafiando o pet a encontrar o caminho certo e sendo recompensado com petiscos, frutas ou rações.

O “caça-ração” é simples: ao invés de despejar a comida na tigela, esconda pequenas partes pela casa e faça seu cão “caçar a ração”. Comece com locais fáceis e, à medida que o pet melhora no jogo, esconda a comida em lugares mais desafiadores, como no meio do feno. Já o labirinto pode ser feito com caixas de papelão, desafiando o pet a quebrar a cabeça para encontrar o caminho certo, sendo recompensado com petiscos, frutas ou rações. “Outra forma de estimular a mente do cão é transformar a hora da alimentação em uma caça ao tesouro.

“Para incorporar estímulos mentais na rotina diária do cão, é possível mudar a rota do passeio, contratar um adestrador para ensinar comandos ou até mesmo levá-lo para viajar. Colocar o pet em situações em que ele precisa tomar decisões é uma ótima ideia para estimular sua inteligência, aliviar o estresse e o tédio, além de melhorar seu comportamento e fortalecer o vínculo entre o animal e o tutor”, explica.

Zago enfatiza também que trabalhar o olfato dos cães é tão importante quanto levá-los para passear. “As atividades que estimulam o olfato são uma ótima forma de cansar o animal mentalmente, além de ativar o instinto natural dos pets, que fazem isso com frequência na natureza, que é o que chamamos de enriquecimento ambiental”, finaliza.

Foto: Van Sallesaro

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