Curitiba ganha praça de uso coletivo em terreno privado

Curitiba acaba de ganhar uma nova praça no bairro Batel — um espaço de convívio aberto à população que com escapes de área verde e área não construída. O terreno de mais de 280 metros quadrados, é de propriedade da Incorporadora Weefor e dá acesso ao plantão de vendas do MOVA.WF, segundo empreendimento da empresa na cidade. 

Criar um espaço particular de uso público é uma mudança de paradigma na construção civil brasileira, na qual a especulação imobiliária promove que quanto mais área privada, melhor. Garantir melhorias para o bairro e para o entorno de um empreendimento, além de estimular a interação com a comunidade local, também podem trazer uma valorização do imóvel, tornando o local mais desejável, habitável, seguro e atrativo.

Com paisagismo e luminotécnico assinados pela Bloco Base, o espaço tem como foco os pedestres que transitam na Rua Cândido Xavier e precisam de um local confortável, seguro e atrativo para se desconectar, como um oásis de tranquilidade em meio a selva de pedra.

 “Logo na entrada da praça criamos um banco, estimulando as pessoas a ocuparem a rua. Ali elas podem fazer um momento de pausa, atender o telefone ou simplesmente ler um livro. Além disso, trazemos bicicletários, lixeiras e bebedouros, serviços indispensáveis para convidar o público, e bancos e mesas para garantir o conforto dos visitantes”, explica Iago de Oliveira, sócio fundador da Bloco Base e um dos responsáveis pelo projeto.

O espaço passa do estéril e cinza para um túnel vegetado, levando o usuário por uma jornada de reconexão com a natureza, baseado em conceitos da biofilia — diretriz de projeto que fomenta uma reconexão humana ao ambiente natural. Para isso foram usados itens que buscam a sensação de estar em uma mata nativa ou floresta tropical, buscando uma conexão visual com os usuários.

A iluminação é dinâmica e difusa, filtrada pelos maciços vegetais, criando jogos de luz e sombra. As formas e padrões de bancos e mesas se alternam entre curvas e maciços formando desenhos não lineares, assim como na natureza, que tem uma complexidade e organização ímpar. A vegetação é exclusivamente nativa com espécies endêmicas em risco de extinção, apoiando a regeneração ambiental. Com uma preocupação na seleção das árvores frutíferas para proteger a avifauna da região.

Foto:  Henrique Thoms

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