Arquiteto fala sobre o novo jeito de morar dos brasileiros

O arquiteto Quintino Facci lista as principais coisas que as pessoas têm buscado oferecer em suas casas

Quatro em cada dez (42%) usuários de internet brasileiros aumentaram seus gastos com melhorias para o lar desde 2020. É o que mostram os dados da pesquisa Insights do Target Group Index Flash Pandemic, publicados na edição de abril de 2021 do Data Stories, newsletter que reúne insights das soluções da Kantar Ibope Media.

O estudo mostra que quase 8 em cada 10 usuários de internet afirmaram ficar mais em casa durante a crise sanitária e que 7 em cada 10 entrevistados afirmaram que sempre buscam novas ideias para melhorar a residência.

Após a pandemia, muitas tendências surgiram em relação ao que as pessoas buscam ter dentro de suas casas. Principalmente após o período de isolamento que passamos, todos nós começamos a entender que a casa, o espaço de trabalho e as áreas de convivência das casas e escritórios precisavam ser muito mais funcionais e práticas, do que apenas esteticamente agradáveis.

 As tendências que surgiram dentro da arquitetura e do design são resultados de vários fatores. Um deles é o momento histórico que estamos vivendo, e esses momentos sempre serão a maior influência dentro da arquitetura e do design. 

A maioria das pessoas entende as tendências como uma preferência por certos estilos arquitetônicos que estão em alta no mercado. Durante a pandemia, acho que as pessoas deixaram de olhar tanto somente para o que estava em alta e começaram a ver suas necessidades. 

O arquiteto Quintino Facci lista as principais coisas que as pessoas têm buscado oferecer em suas casas. 

Praticidade:  as pessoas estão buscando espaços mais funcionais e práticos para o dia a dia. Para ter um lar prático é preciso organização, saber desapegar, determinar um lugar para cada coisa, comprar alguns objetos que ajudam na organização. Com alguns cuidados é possível manter todos os cômodos organizados e com maior amplitude, o que ajuda na praticidade. 

Conforto:  é possível utilizar algumas estratégias para ter um lar aconchegante, como uso de cortinas, acessórios, tapetes, almofadas, plantas, velas aromáticas, entre outras coisas. Esses pontos devem ser pensados desde  o projeto de iluminação até a ergonomia dos mobiliários das casas. 

Flexibilidade: durante a pandemia, famílias que moram em casas com poucos cômodos precisaram começar a diversificar o uso dos ambientes para mais de uma coisa. Criar espaços flexíveis não foi apenas uma escolha, foi uma obrigação. 

Privacidade:  com todos dentro de casa, buscar lugares com privacidade e cada familiar poder ter seu próprio espaço, foi um dos pontos principais para que algumas famílias decidissem mudar de casas e apartamentos para espaços maiores e com mais privacidade. 

Integração:  uma das maiores mudanças neste período está sendo a busca para poder estar com a família reunida nas áreas comuns. Por exemplo, algo que todos têm procurado muito são as reformas de cozinhas fechadas para que se transformem em cozinhas integradas – enquanto alguém cozinha, o espaço para continuar conversando com a família fica livre. 

Biofilia: os espaços com a natureza ajudam a fazer com que a pessoa se sinta menos estressada e ansiosa durante o dia a dia. Esse design pode ser feito de algumas formas, como por meio da utilização de tons verdes e naturais, além da possibilidade de trazer o uso das plantas para dentro de casa.

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