Doenças inflamatórias intestinais necessitam de tratamento

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Diversos exames são necessários para identificar qual das doenças inflamatórias intestinais afeta o paciente

Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa e Colites Indeterminadas são pouco conhecidas entre a população, mas estão entre as principais doenças inflamatórias intestinais. “O paciente que não faz o tratamento das doenças inflamatórias intestinais terá um risco aumentando de desenvolver câncer de intestino e fístulas ou estenoses, alterações que podem necessitar de tratamento cirúrgico com retirada de parte do intestino”, alerta o gastroenterologista André Marussi Morsoletto, da equipe de Endoscopia Digestiva do Hospital São Vicente Curitiba.

Consideradas crônicas, essas doenças inflamam os intestinos em variadas intensidades e também podem afetar outros órgãos como olhos, pele e articulações.  O tratamento, que é contínuo e dura a vida toda, busca controlar o processo inflamatório por meio de variados medicamentos. “Essas doenças não têm cura, mas quando bem tratadas o paciente consegue ter uma vida muito próxima da normal”, assegura o gastroenterologista. 

Segundo Morsoletto, dados brasileiros indicam que em torno de sete a cada 100 mil habitantes desenvolvem Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa. A interação entre quatros aspectos costuma estar ligada ao surgimento dessas doenças: os fatores genéticos, a microbiota intestinal e antígenos alimentares relacionados à luz do intestino (cavidade do órgão), a barreira intestinal e problemas de imunidade, além de fatores ambientais. 

Os sintomas das doenças inflamatórias intestinais nos casos mais leves variam entre dores abdominais e alteração do hábito intestinal, como diarreia ou constipação, e sensação de evacuação incompleta. Já nos casos mais graves, a pessoa pode ter dores intensas, sangramento intestinal, perda de peso não justificada, cansaço ou fraqueza, aftas, febre recorrente, feridas na pele e artrites.

Diversos exames são necessários para identificar qual das doenças inflamatórias intestinais afeta o paciente. “Não existe um exame único que defina o diagnóstico correto”, afirma o gastroenterologista. Análise de história clínica, exames laboratoriais, endoscopia digestiva e colonoscopia, biópsias, tomografia ou ressonância magnética são realizados conforme cada caso. Morsoletto reitera que quanto mais precoce o diagnóstico, menores são os riscos de complicações. 

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