Diagnóstico precoce contribui no tratamento e reduz a transmissão do vírus

O vírus ataca os sistemas nervoso, respiratório e gastrintestinal e afeta principalmente os filhotes

A Cinomose é uma das doenças virais mais sérias e contagiosas em cães.  O vírus ataca os sistemas nervoso, respiratório e gastrintestinal, distribuindo-se por todo o organismo, e afeta principalmente os filhotes, que não possuem a vacinação contra a enfermidade. Importante lembrar que a doença pode deixar sequelas graves e até levar o pet ao óbito.

De acordo com a veterinária Camila Eckstein, responsável técnica da Bioclin Vet, a transmissão da Cinomose ocorre pelo contato direto com outro cão doente ou com secreções de animais infectados. “Neste período em que é comum a redução da temperatura ambiental, os animais ficam mais próximos para tentarem se aquecer, o que favorece o contágio”, observa.

Os animais infectados apresentam, na fase inicial da doença, apatia, febre, vômito, diarreia, falta de apetite, secreção nasal, conjuntivite, que podem ser confundidos com outras doenças. Na fase mais tardia, o vírus afeta o sistema nervoso central, provocando incoordenação motora no animal, paralisia e perda de controle dos movimentos. “Um dos maiores desafios da Cinomose é que quanto mais a doença progride, mais difícil se torna a recuperação, por isso, o diagnóstico precoce é essencial”, alerta a veterinária.

Quanto ao tratamento da infecção, Camila informa que é baseado apenas na contenção dos sinais clínicos e para dar suporte ao sistema imunológico, uma vez que não existe nenhum fármaco capaz de eliminar o vírus. “A melhor forma de prevenir a doença é a vacinação, assim o animal desenvolve imunidade. Em caso de exposição ao patógeno, o organismo do cão fica capacitado para responder à infecção e combater o vírus”, pontua.

A veterinária ressalta que o teste para diagnosticar a doença, baseado na detecção do antígeno do vírus, é capaz de indicar a infecção, uma vez que a presença de anticorpos pode decorrer da imunização do animal com a vacina.

A Bioclin Vet desenvolveu o  kit Cinomose Ag Vet Fast, que identifica o vírus mesmo antes do aparecimento dos sinais clínicos, o que ocorre nos primeiros dias após a infecção. “O teste deveria ser incluído na rotina clínica do médico veterinário como uma ferramenta de triagem e prevenção”, sugere. “Também sua aplicação se torna importante quando o animal for inserido em ambiente novo, como em hospedagens, viagens ou mesmo durante as visitas na clínica veterinária”.  Os kits são um instrumento de diagnóstico, mas também de prevenção. “E são um aliado da medicina veterinária”, frisa.

Camila assegura que a utilização do teste como ferramenta auxiliar ao médico veterinário, sem dúvida, é muito importante, e já vem sendo utilizada. “Mas é essencial que tanto os médicos veterinários como os tutores tenham uma rotina de avaliação preventiva e periódica do animal, principalmente das doenças mais prevalentes do período ou que são maios relevantes clinicamente, como a cinomose e a  parvovirose”, ressalta.  Também pode ser aplicado antes de o pet receber a dose reforço da vacina anual. O teste garante uma maior efetividade da vacina, que só pode ser aplicada no cão sadio.

 “Considerando a importância da doença e a limitação que o tratamento consegue para assegurar a vida do animal, o diagnóstico precoce, como o que pode ser realizado utilizando os kits de teste rápido da linha Vet Fast, podendo diagnosticar a doença mesmo antes do aparecimento dos sinais clínicos, é uma vantagem significativa ao animal e ao médico veterinário”.

A utilização do teste favorece o diagnóstico precoce antes do aparecimento dos sinais mais críticos da cinomose, que decorrem do acometimento do sistema nervoso. “Uma vez acometido o sistema nervoso, é muito comum que o cão permaneça com sequelas para o resto da vida, por isso, é tão importante diagnosticar antes que eles apareçam”, reforça.  

A veterinária enfatiza que o diagnóstico rápido possibilita a medicação de suporte o quanto antes, o que é fundamental para salvar a sua vida. Além disso, quando é confirmada a doença, o tutor tem condições de manter o cão em observação e em isolamento, prevenindo a infecção de outros animais.

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