Entenda as diferenças de comportamento entre cães e gatos

Quem tem um animal de estimação sabe o quanto a vida pode ser mais alegre e cheia de amor, seja ele um gatinho fofinho ou um cãozinho peludo. Mas apesar de existirem algumas semelhanças entre as duas espécies, ao se observar o comportamento de cada um, encontram-se muitas diferenças.

Isso acontece porque, assim como nós, os pets têm um jeito próprio de se comunicar e agir e cada espécie tem características particulares e no dia a dia, as diferenças são bem aparentes.

A independência dos gatos em relação a seus donos é uma das diferenças comportamentais mais visíveis. Enquanto os cães são bastante apegados a seus tutores, os felinos não são assim, embora tenham respeito por eles.

Outra distinção marcante é na hora de dormir. A maioria dos cachorros dorme durante a noite, na mesma hora de seus donos. Já os gatos preferem dormir durante o dia e aproveitar o período noturno para passear pela casa.

A hora das necessidades fisiológicas é outro momento distinto. Enquanto os cachorrinhos não se importam com um local para fazer suas necessidades, os gatos, desde filhotinhos, procuram lugares adequados e dificilmente farão fora das caixas de areia.

Os bichanos também sabem realizar a auto limpeza, o que implica em grande tempo gasto realizando lambedura do próprio corpo. Por outro lado, os cães precisam de banho para ter uma pelagem limpa.

“É importante lembrar que o banho estético não é recomendado para felinos por causar estresse desnecessário. Além disso, ambos podem ser treinados para comandos e truques, principalmente com uso do reforço positivo”, explica o veterinário Daniel Cooper, do Plano My Pet.

A hora de brincar

Cães e gatos precisam expressar os comportamentos próximos aos que eles teriam na natureza para manter a mente saudável. O veterinário reforça que, caso não seja fornecido o enriquecimento ambiental correto para cada espécie, é comum a ocorrência de eventos como chinelos, sofás, mesas ou até mesmo portas, parcial ou totalmente, destruídas por patas e dentes.

Embora os gatinhos levem a fama de preguiçosos, a brincadeira é importante para o bem-estar deles, mas devem ser passivas, ou seja, a aproximação deve partir deles, como por exemplo, balançar uma pena com uma varinha ou jogar uma bolinha (que pode ser até de papel).

Já os cachorros, quanto mais aproximação efetiva do tutor, melhor. A brincadeira é essencial para o bem-estar deles. Eles são pets extremamente sociais e, por isso, precisam gastar energia com passeios e atividades, caso contrário, podem ficar ansiosos e deprimidos.

Linguagem corporal

Os pets não falam, mas seus corpos sim. Cães e gatos utilizam a linguagem corporal para expressar diversos sentimentos e se comunicarem.

Cachorro:

Rosto virado – me respeite;

• Quadril suspenso e rabo abanando – brinca comigo;

• Coceira constante, sem problemas de saúde – estou estressado;

• Barriga para cima – estou feliz e confio em você;

• Orelhas e rabo baixos – estou com medo.

Gato:

• Rabo erguido com a ponta virada – quero ser seu amigo;

• Rabo erguido com pelos arrepiados – estou furioso;

• Rabo entre as pernas – estou assustado;

• Rabo baixo, subindo e descendo – estou agitado;

• Rabo na altura do corpo – estou interessado no que você está fazendo.

 Diferenças na alimentação

É fundamental entender as necessidades nutricionais de cada animal. Além disso, cães e gatos têm um tipo de alimentação diferente. Os cães são onívoros, ou seja, podem desfrutar de uma variedade maior de alimentos. Já os gatos são carnívoros e, por isso, só consomem proteínas e gorduras de origem animal.

No entanto, existem algumas frutas e verduras boas para os bichanos, capazes de ajudar e fortalecer seu sistema imunológico, mas é importante ficar claro que elas não substituem a dieta carnívora do gatinho.

Outra diferença entre as duas espécies é que os gatinhos têm um paladar muito mais seletivo e, assim, são mais restritos em relação a novidades no seu dia a dia, inclusive com a alimentação.

Em relação à mastigação, os cachorros não sabem muito bem o que é isso. Eles engolem praticamente tudo com o mínimo de mastigação, principalmente aquelas raças mais gulosas, como labrador e o beagle, por exemplo.

Por outro lado, os felinos raramente se comportam do mesmo jeito, pois costumam fracionar a comida, podendo comer várias vezes ao dia em pequenas porções, suficientes para satisfazer sua fome.

Hora de viajar

“Para viagens, os animais precisam estar com as vacinas, vermífugos e antipulgas em dia. Caso haja fiscalização isso pode ser exigido, principalmente a vacina antirrábica”, reforça o veterinário.

Os felinos são territorialistas e, por isso, não se sentem bem quando estão fora do ambiente que eles conhecem e estão acostumados. Justamente por isso, viajar com o gatinho pode ser bem desagradável para ele. Sendo assim, o tutor precisa ficar de olho na comodidade do bichinho para não comprometer sua saúde e tomar alguns cuidados: leve os brinquedos preferidos dele; não esqueça a ração, visite o veterinário antes de viajar, levar os remédios que ele está usando, transporte em viagem de carro sempre na caixinha de transporte. Se for de avião, a caixa também precisa atender às exigências da companhia aérea.

Os cachorros são famosos por serem muito companheiros e apegados a seus tutores. A primeira coisa a fazer é providenciar o transporte do seu amigo peludo e garantir que ele fique protegido de qualquer problema durante o trajeto. Além disso, o transporte irregular de animais pode gerar multas. Utilize caixa de transporte com cinto de segurança ou cadeirinha para cachorro, sempre no banco de trás. O veterinário da My Pet destaca que os animais nunca devem ficar soltos dentro do carro. Se uma viagem aérea, atentar para as regras da companhia.

“Animais agitados ou que sentem muito enjoo em viagens devem consultar um médico veterinário antes para avaliação e prescrição da medicação mais correta para cada caso”, reforça Cooper.

 

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