Concepção e funcionamento na arquitetura de interiores

Em certos casos, se mal planejada, acaba causando um desconforto visual e prejudicando uma estética minimalista de um cômodo moderno e elegante. Para equacionar essa questão, o conceito definido para a realização do projeto é primordial e um dos caminhos é trabalhar com uma cozinha ‘escondida’. O termo não implica, necessariamente, em tê-la de forma separada dos demais ambientes ou com uma espécie de porta para camuflar, mas sim trabalhar a execução para deixá-la discreta, de forma que, a depender da ocasião, pode até não ser notada.

A cozinha projetada pelo arquiteto Gustavo Martins é compacta e reservada segue o estilo minimalista da arquitetura escandinava proposta para exposição do estúdio apresentado por ele. O segredo foi trabalhar a marcenaria com armários superiores e inferiores e incorporar os eletrodomésticos como a geladeira e o espaço que compreende o frontão da pia.

Na arquitetura de interiores, a cozinha escondida também permite que a área social da residência seja em conceito aberto, promovendo assim a integração com os demais ambientes. Dessa maneira, o local ganha mais amplitude e mais espaço, o que é muito bem-vindo em casa e apartamentos com metragem reduzida, além de propiciar um cômodo que pode ser utilizado conforme a vontade e a necessidade dos moradores. Complementando a estrutura com os armários e a pia, a ilha da cozinha foi direcionada para uma visão completa da sala de estar e conta com o carrinho bar encaixado abaixo de sua base, deixando o cômodo ainda mais reservado.

Na estratégia de ocultar a cozinha, é preciso atentar-se aos aspectos decorativos do ambiente e investir em uma marcenaria que evoca personalidade por meio de cores e texturas com o propósito de agregar modernidade e refinamento.

A elaboração de cozinhas escondidas coopera com o desejo de encobrir os itens que fazem parte do seu universo, mas sem o intuito de esconder por completo: a ideia principal é agregar um aspecto sistemático de arrumação quando não estiver em uso. “Quando ‘camuflamos’ a cozinha, não só ela, como todo o espaço onde está inserida ganha em organização. O resultado é uma ambiência muito mais clean”, conclui.

 

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