Pandemia exige novas habilidades para administrar condomínios

Foi preciso manter o discernimento, ampliar a comunicação, adaptar-se rapidamente às novas exigências e propor soluções para intermediar e facilitar o diálogo entre as partes que estavam em desacordo”, explica o presidente da Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP), Luiz Fernando Martins Alves; entidade que representa mais de mil condomínios em todas as regiões do Estado.

Entre as grandes mudanças enfrentadas na gestão dos condomínios em 2020, destaque para as habilidades em lidar com diferentes perfis e estilos de personalidade para se comunicar adequadamente com a multidão que ainda permanece mais tempo dentro de casa, mas não estava acostumada a isso.

Um indicador do IBGE mostrou que o número de trabalhadores em home office em 2020 chegou a 8,4 milhões de pessoas, contra apenas 3,8 milhões em 2018. Não por acaso, os campeões de reclamações – segundo o presidente da AACEP – foram o barulho [ruídos de móveis, cachorros e crianças], vazamentos de águas, carros mal estacionados nas garagens e pátios, realização de obras emergenciais ou internas, consumo exagerado de água, desconhecimento das regras do condomínio e reclamações por motivos fúteis.

Outras atividades que integram o escopo do universo condominial também exigiram “jogo de cintura” para manter a boa convivência em 2020. A realização de assembleias virtuais, a interdição das áreas de lazer, o cuidado com as obras nas unidades e os intensos protocolos sanitários para evitar contaminação nas áreas comuns foram atividades frequentes ano passado.

A tendência é que a busca por profissionais do ramo continue em alta. Em Curitiba e Região Metropolitana, de acordo com estimativas da AACEP, existem cerca de 10 mil condomínios. No Brasil, tomando como base apenas as edificações verticais destinadas ao comércio e moradia, são pelo menos 440 mil condomínios. 

Na hora de escolher uma administradora são necessários alguns cuidados para não comprar gato por lebre. Esqueça a ideia de que esses trabalhos podem ser feitos por qualquer um, na tentativa simplória de reduzir custos. Uma administradora deve ter histórico de credibilidade, transparência na gestão, equipe capacitada para responder às questões jurídicas e contábeis, dar todo suporte ao síndico para que ele tenha tranquilidade na hora de prestar contas aos moradores.

 

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