Arquiteto ensina como não estourar os gastos numa obra

Os clientes geralmente têm muitas ideias, mas que nem sempre poderão ser realizadas da forma pensada, tendo como base o orçamento real. Desde o início, uma recomendação importante é que o cliente comunique qual é o valor que ele está disposto a gastar naquela obra específica, aconselha Bruno. Dessa forma, os profissionais irão trabalhar em cima do orçamento verdadeiro, de forma mais assertiva, modelando o projeto e as condições de obra.

Um bom planejamento é a base para um projeto mais econômico. Nessa fase inicial não se pode ter pressa, pois isso se refletirá em atrasos no futuro. Por exemplo, se for preciso quebrar a parede da cozinha, então temos que considerar: quantos metros serão quebrados? quantos sacos de entulho teremos que comprar? qual o tamanho de caçamba necessária? Com todos esses dados a mão, ao invés da obra demorar oito meses, é possível reduzir para até metade do tempo, estima Bruno. Inclusive, a parte da decoração, vista como o momento final do processo, a “cereja do bolo”, também precisa ser pensada bem antes.

Muitas pessoas entendem que o projeto de arquitetura pode ser somente um layout com imagem 3D. Porém, quando isso vai parar na obra propriamente dita, não há informações suficientes para seguir.

Para quem quer manter o orçamento sob controle, é importantíssimo contar com uma equipe que realize a execução da obra seguindo todas as especificações. É como uma receita de bolo, em que ingredientes ou dose diferentes podem mudar completamente a receita.

Antes de iniciar o trabalho pra valer, é essencial que todos tenham um cronograma e saibam o que vai acontecer em cada dia da obra. Quanto maior o atraso, maior o gasto, afirma Moraes.

O arquiteto indica uma ferramenta muito útil para conseguir organizar tudo. “Nós montamos todos os cronogramas do nosso escritório no Project, do Microsoft Office. Dessa forma, compartilhamos com os clientes toda semana o que está acontecendo. Assim, se houver algum atraso, eles estarão cientes disso. Inclusive, o programa faz uma simulação dos próximos passos até o final da obra, com base nas mudanças e imprevistos ocorridos durante o processo” diz o profissional.

A falta de gerenciamento e fiscalização é uma reclamação constante dos clientes. Um dos casos mais comuns ocorre quando o pedreiro ou pintor costuma pedir repetidamente para comprar os materiais, ao invés de solicitar tudo de uma vez, por meio da organização de sua equipe. É importante comparar os preços dos materiais em diferentes locais antes de sair comprando na correria. Ainda mais no cenário atual, em que houve aumento em diversos itens”, conclui Bruno.

 

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