Editorial

O verão está chegando. Com ele vem o calor, praia, férias. Também é nesta estação do ano em que ocorrem os temporais passageiros e as temperaturas aumentam, ambiente favorável para a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti. Para impedir a proliferação das larvas, depositadas nos ovos do mosquito, cabe à comunidade adotar práticas de prevenção, pois segundo dados do Ministério da Saúde, 90% dos focos dos pernilongos que transmitem a doença estão presente nas residências.

Atitudes simples por parte dos moradores, como a limpeza dos vasos de plantas e calhas, vedação das caixas d’água e armazenamento de forma segura das garrafas, pneus e utensílios que possam acumular água, são as principais armas para lutar contra o mosquito que, este ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, já contaminou mais de 43 mil pessoas, apenas no Paraná.

O Aedes Aegypti deposita os ovos na superfície da água e os mosquitos se reproduzem sempre próximo às residências onde faz suas vítimas. Mesmo com uma média de vida próxima dos 30 dias, a fêmea deposita, em cada foco, de 150 a 200 ovos de cada vez. O vírus da dengue é transmitido ao homem por meio das picadas, que são mais frequentes nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde. A estação mais quente do ano é a preferida dos mosquitos, que têm o maior período de reprodução em épocas que registram temperaturas entre 25º e 30º.

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba já detectou 118 focos do mosquito este ano. Durante todo o ano passado, foram encontrados 62 focos. Apesar do aumento do número, Curitiba continua com índice inferior a 1% na classificação do Ministério da Saúde, o que é considerado satisfatório. Este resultado foi obtido através do Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRA), que vistoriou mais de 23 mil imóveis da capital durante o mês de outubro.

Todos os bairros de Curitiba foram vistoriados. A maioria dos focos foi encontrada em pontos estratégicos, como borracharias, comércios de sucata e depósito de transportadoras e que são monitorados regularmente pelos agentes da dengue.

A dengue é uma doença cíclica e, com a chegada do calor, cresce consideravelmente as chances da formação de mais focos do mosquito. Embora Curitiba tenha poucos casos, eles aumentaram consideravelmente este ano. É preciso que a população fique mais atenta aos locais que podem se tornar reservatórios de água parada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *