Editorial

Até 11 de julho, o curitibano pode apreciar as novidades que estão expostas na 19ª Casa Cor Paraná. São 45 ambientes projetados por arquitetos, designers de interiores e decoradores e montados na Casa Cultural União Juventus, em 1,7 mil m², contemplando áreas residenciais, corporativas, infantis e espaços de gastronomia e lazer.

Nesta edição, o tema abordado é o “Retrofit” – expressão que significa “colocar o antigo em forma” (retro do latim “movimentar-se para trás” e fit do inglês, adaptação, ajuste). No universo da arquitetura é o processo de modernização de algum equipamento ultrapassado, reconversão ou reutilização de edifícios para novos usos, mas mantendo suas características originais. Essa prática, difundida na Europa e Estados Unidos, surgiu na década de 90, significa valorizar velhos edifícios a fim de aumentar a sua vida útil, através da incorporação de avanços tecnológicos e da utilização de materiais de última geração.

A sustentabilidade é outra vertente cada vez mais presente nos eventos Casa Cor. Esse é um grande desafio, pois os arquitetos estão buscando aliar a utilização de materiais sustentáveis ao conforto e a beleza. Ambientes ecologicamente corretos, com redução de consumo de água e resíduos, jardins verticais, além de móveis e revestimentos com madeira de demolição têm se tornado itens de desejo de quem aprecia arquitetura e decoração. Todos os expositores buscaram fazer ações ambientalmente corretas e apresentar ao público soluções de sustentabilidade em seus projetos.

E por falar em sustentabilidade, uma notícia muita boa: estudo realizado pelo internacional Green Building Council (USGBC) aponta que o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking mundial de construções sustentáveis. Na liderança, estão os Estados Unidos, com 40,2 mil construções, seguido pela China, com 869, e Emirados Árabes Unidos, com 767. De acordo com a pesquisa, o primeiro prédio sustentável registrado no Brasil foi erguido em 2004, porém, só a partir de 2007 os empreendimentos ganharam força. Até abril deste ano, dos 526 empreendimentos sustentáveis, 52 foram certificados e 474 estão em processo de certificação. As construções verdes, em muitos casos, utilizam o reaproveitamento de água das chuvas e fazem uso de energia solar e telhado verde e têm sido itens frequentes em  lançamentos imobiliários. Também integram este tipo de empreendimento sustentável cobertura e calçada verde, muro vegetado, sombras naturais, paisagismo produtivo com adoção de árvores frutíferas, bicicletário e redução da poluição luminosa noturna.

Outro assunto muito interessante foi o lançamento feito pela  Caixa Econômica Federal. Trata-se da linha Crédito Verde, que traz condições diferenciadas para atividades sustentáveis. O Crédito Verde engloba taxas reduzidas para o financiamento de veículos ecoeficientes, a linha de crédito Ecoeficiência Empresarial, composta de vários produtos para Pessoa Jurídica, e taxas especiais para empresas da construção civil que desejam financiar habitações sustentáveis por meio do Selo Casa Azul.

O banco também lançou uma nova linha com taxas de juros reduzidas para veículos híbridos, aqueles que possuem um motor de combustão interna, normalmente a gasolina, e um motor elétrico que permite reduzir a utilização do motor de combustão e assim diminuir a emissão de poluentes.

Boa leitura!

 

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