Horário de verão inicia no dia 16

Esse será o mais longo, contabilizando 133 dias de duração. Isso se deve à coincidência entre o domingo previsto para o término e o domingo de Carnaval, prorrogando em uma semana o período de horário de verão.

Embora a alteração no horário exista há 25 anos, muitas pessoas ainda têm dificuldades para se habituar à mudança. “O nosso organismo está acostumado com uma rotina já estabelecida. Cada pessoa possui um ciclo circadiano, que é o período de 24h, influenciado pela luz solar e agora é necessário construir outro hábito”, explica o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Cleverson de Macedo Gracia.

Os principais efeitos causados pelo horário de verão em algumas pessoas são: insônia, sonolência diurna, cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau humor, ansiedade, alteração do apetite, diminuição na capacidade de concentração e irritabilidade. “Pessoas que percebem esses sinais devem interromper brevemente o que estão fazendo (se possível)”, ensina o neurologista e completa: “Dormir cedo, praticar exercícios físicos, ingerir líquidos, cafeína, e apostar no convívio social ajudam a resolver o problema.”

Para se manter longe do mal-estar, provocado pela mudança de horário, muitas pessoas começam a praticar exercícios físicos. Com os dias mais claros no final da tarde, há mais tempo para as atividades. Mas, de acordo com o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Alexandre Alessi é necessário procurar um médico para verificar as condições físicas. “Algumas atividades exigem uma boa saúde e integridade cardiovascular. Muitas pessoas podem ter alguma doença e não sabem, correndo o risco de sofrerem complicações. Por isso, é prudente procurar um especialista”, alerta.

Durante a consulta médica será analisado a história clínica do paciente e a realização de alguns exames, entre eles: exame físico completo, eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma color dopller. “Após a constatação que está tudo bem com o atleta de verão, ele deverá ter uma programação e um cronograma progressivo para realizar atividades físicas”, enfatiza o médico.

Porém, é necessário considerar sua capacidade física e a modalidade de exercício que será realizada. “Uma recomendação inicial seria de atividade aeróbica de 30 minutos diária para começar, verificando sempre se há sintomas de cansaço. O uso de frequencímetros ou monitores de frequência cardíaca pode ajudar”, explica Dr. Alessi.

Para o neurologista quem mais sofre com as mudanças de horário são as crianças e os idosos, pois, são organismos menos resistentes a variações do cotidiano. A boa notícia é que o mal-estar passa rapidamente, em no máximo três dias. “Qualquer dificuldade para administrar a rotina de descanso deve-se procurar um especialista”, enfatiza Dr. Cleverson.

 

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