Mercado de trabalho: cresce procura por reorientação profissional

Para ela, gostar do trabalho e se sentir bem realizando uma profissão é decisivo para alcançar equilíbrio emocional e, conseqüentemente, satisfação em todas as áreas da vida. Tão importante quanto o retorno financeiro é gostar do que faz. “Quando me perguntam qual é a profissão que ‘dá mais dinheiro’, costumo responder que é aquela que se exerce com paixão, interesse verdadeiro e energia, com brilho nos olhos”.

Gilvanise acredita que, ainda que muitas pessoas queiram mudar de atividade profissional em busca de melhor remuneração, a maioria o faz por se sentir frustrada e incompleta.

E quanto mais tempo se leva para resolver a insatisfação profissional, mais dificuldade se acumula.

Escolha consciente

Ter que escolher uma carreira quando se é ainda muito jovem e imaturo, e se está sob grande influência – ou imposição – de familiares e amigos, é a razão pela qual, segundo a Gilvanise, muitas pessoas decidem por uma profissão para a qual acabam percebendo que não têm interesse nem afinidade.

Esse erro pode trazer consequências graves: “É no trabalho que se passa grande parte do dia e da vida. Se não for algo com o que se tenha interesse e identificação é, no mínimo, estressante e deprimente”, ela afirma. Esses problemas emocionais e psicológicos podem influenciar o corpo e resultar em gastrite, úlcera, enxaqueca, pressão alta, ansiedade, insônia, entre outras dificuldades.

No caso dos adolescentes que precisam escolher uma profissão, pais, responsáveis e professores não devem tomar para si essa responsabilidade, mas ajudar o jovem a avaliar tudo de forma consciente na hora de decidir.

Planejamento

O conselho de Gilvanise para quem quer mudar de carreira com sucesso é traçar um plano de ação a curto, médio e longo prazo. Devem ser avaliados interesses, competências, habilidades e mesmo limitações para definir o novo caminho.

Toda a vida precisa ser reorganizada em função da mudança de profissão. Frequentemente é necessário se aprimorar e atualizar. Além disso, a pessoa deve ter uma reserva financeira para conseguir se manter até a recolocação no mercado.

O que nunca se deve fazer é algo precipitado, como pedir demissão sem ter uma reserva financeira ou a mínima idéia do que vai fazer em seguida. Uma atitude impulsiva pode levar à desestabilização financeira e emocional.

Mudanças podem ser causa ou conseqüência de instabilidade emocional

Mudar de emprego ou profissão com muita frequência pode ser um indicativo de instabilidade emocional, avisa Gilvanise. È preciso saber identificar se as dificuldades são conseqüência ou causa dessas mudanças.

Outro fator destacado é que o mercado de trabalho tem um nível de expectativa e exigência crescente em relação às competências que uma pessoa deve apresentar. Os postos de emprego são formados por cada vez mais tarefas concentradas em somente um indivíduo. A psicóloga ressalta que buscar se adequar a essa demanda é saudável desde que esse esforço seja legítimo e não cause danos psicológicos e físicos.

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