Os nichos são indicados para acomodar as louças de uso frequente
Na reforma de cozinha, uma preocupação comumente compartilhada pelos futuros moradores está relacionada ao espaço para a organização dos itens que integram a rotina do ambiente. “Praticidade e tudo à mão na hora certa é um dos atributos fundamentais na rotina do cômodo”, explana Karina Korn, arquiteta.
E como resolver essa questão? Para a profissional, uma marcenaria composta por armários, prateleiras e nichos, desenhados conforme com o layout do ambiente, necessidades e preferências dos clientes, se configura como o caminho para proporcionar uma cozinha perfeita para a dia a dia.
De acordo com a arquiteta, o primeiro passo está associado à distribuição dos elementos na cozinha. Este mix envolve desde a bancada com a pia, até a inserção eletrodomésticos contemplados, marcenaria e outras peças que serão encaixadas nesse conjunto, sempre alinhados com as características e dimensões do ambiente.
E quando se trata de marcenaria, ela enfatiza que outros pontos acompanham a decisão pelo volume do mobiliário a ser produzido. “Em um projeto, nós, como profissionais da área, só podemos trabalhar depois de conhecer o volume de itens que o morador pretende incluir na sua cozinha. Também não podemos desconsiderar o jeito de cada pessoa e entender o que é importante para cada um. Só assim podemos começar a planejar”, defende Karina. Além de conhecer o que será guardado, a setorização é outra aliada: no alcance do usuário estarão com fácil acesso os itens utilizados cotidianamente e, em áreas mais altas, como armários e prateleiras, ficam concentrados aquilo que é empregado com menor frequência.
No que diz respeito às dimensões, a ergonomia é fundamental. Segundo a especialista, existe uma altura padrão para que qualquer pessoa consiga usar o armário, mas que não especificamente pode ser a medida confortável para todas as famílias. “Em minha trajetória como arquiteta, já vivenciei casos de famílias mais altas que pediram por armários compatíveis com o biotipo. O mesmo já ocorreu com grupos mais baixos. O que dita é a praticidade e a personalização”, enfatiza.
Todavia, um ponto sensível dessa adaptação está atrelado aos momentos de venda ou aluguel do imóvel. “Os interessados nem sempre terão a estatura dos moradores da casa e podem acabar perdendo o interesse”, avalia Karina.
Tour pela marcenaria da cozinha:
Armários: com portas e divisórias, são ideais para acondicionar aquilo que se deseja manter sempre limpos e longe do pó. Uma dica da arquiteta é escolher louças e outros elementos que não são utilizados regularmente e, no que diz respeito à decoração, as cores precisam ornar com a proposta e o design do espaço. Para a arquiteta, inovação e criatividade são adicionais que ela introduz no projeto. “Não há problema algum em misturar estilos, materiais ou texturas. Basta não deixar o seu estilo e as suas preferências de lado”, orienta;
Nichos: com estrutura semelhante aos armários, mas sem portas, são indicados para acomodar as louças de uso frequente. O fato de não ter um fechamento facilita muito os movimentos de ‘pegar e tirar’ do lugar. No âmbito de limpeza, protegem parcialmente as peças da sujeira externa.
Prateleiras: instrumentos da marcenaria que mais deixam os nossos itens pessoais expostos, ficam mais propensas a acumular pó ou outra influência externa que ocorrer na cozinha.