A fauna do Litoral do Paraná ganhou novos pontos para descanso e alimentação com a restruturação da Orla de Matinhos por parte do Governo do Estado. Se tornou comum encontrar na desembocadura do canal do Rio Matinhos, onde foram construídos os guias de correntes, agrupamentos de aves aquáticas da espécie Nannopterum brasilianus, conhecidas popularmente como biguá ou mergulhão, e também uma variedade de garças, da família Ardeidae.
A estrutura marítima foi responsável por deixar as águas da região mais calmas, propícias para as aves. O projeto de reestruturação do balneário funciona para proteger a costa oceânica da força das ondas, das cheias da maré e para facilitar o escoamento das águas pluviais para o mar, com auxílio da macrodrenagem, diminuindo os casos de enchentes no município.
Os biguás procuram locais tranquilos e protegidos à beira da água para o repouso do grupo, secagem e limpeza da plumagem. Eles se alimentam de pequenos vertebrados e invertebrados e utilizam os ambientes rasos para obter maior sucesso durante o chamado “forrageamento”, denominação para o comportamento de procurar recursos alimentares na natureza.
As garças vivem aos bandos, frequentam rios, lagoas, praias marítimas ou manguezais de pouca salinidade, e se alimentam principalmente de peixes, sapos e outros animais aquáticos, espécies em abundância no Litoral.
Com as condições estruturais adequadas, a presença de um grande número destas aves na região, no encontro do Rio Matinhos com o mar, pode ser considerada normal, visto que se trata de uma das espécies mais comuns e abundantes nos ambientes costeiros do Brasil.
Os biguás encontraram um lugar calmo e propício para a alimentação na região do Rio Matinhos
Foto: divulgação