São muitas as responsabilidades de um síndico – contratar funcionários, efetuar pagamentos, prestar contas, recolher tributos, fazer previsão para o orçamento e comunicar a realização de assembleias aos condôminos são apenas alguns exemplos. “Ele é designado para exercer a administração interna e externa do condomínio. Suas atividades são delimitadas pela convenção, regimento interno e legislações. O objetivo é garantir que o serviço prestado seja de qualidade e não haja má fé e atos ilícitos ao exercer o cargo”, destaca.
Bárbara aponta que antes o síndico não era considerado um profissional. Quem se candidatava ao cargo normalmente tinha algum tempo livre, como aposentados, ou se candidatou por falta de opção, já que alguém tem que estar à frente do condomínio. “Hoje existem muitas opções, como a oferecida pela Primar, que é o serviço de administração condominial, o que facilita a gestão do empreendimento, assegura confiabilidade e segurança nos serviços prestados. Há também as pessoas que se profissionalizam para serem síndicos, aumentando a qualidade das atividades realizadas”, acredita.
O condomínio pode ser comparado a uma empresa, que tem deveres a cumprir e precisa de atenção a sua gestão. O síndico deve estar sempre atento a todos os detalhes e é importante que ele mantenha contato com os moradores. “O relacionamento com os condôminos é fundamental, mas existem limites. Todos devem ser tratados de maneira igual, sem existir situações de favorecimento em detrimento do direito de outras pessoas. Não é necessário ter amizade, mas uma relação de respeito e confiança ajuda na hora de tomar decisões e chamar os condôminos para participar das assembleias”, enfatiza.
Muitas vezes o síndico se vê em uma situação na qual é necessário mediar conflitos entre vizinhos. Som alto ou ruídos em horários que não são permitidos, animais de estimação e problemas nas vagas da garagem são motivos para ocorrer desentendimentos. “O primeiro passo é recorrer ao que está estabelecido na convenção ou no regimento interno. Se não houver nenhuma menção ao problema, então o síndico deve buscar a melhor solução para o caso, sempre levando em consideração que as duas partes devem ser beneficiadas e todos terão que ceder um pouco”, acrescenta.
Uma das responsabilidades que podem dar mais trabalho – e que é de extrema importância – é em relação à documentação da edificação. Os documentos exigidos pelo poder público e previstos na legislação devem estar em dia. “Licenças, contratos, documentos financeiros como prestação de contas e outros balanços tem que ter fácil acesso e estarem organizados. Desta forma de houver algum tipo de fiscalização tudo estará em ordem. As atas das assembleias também devem ser guardadas adequadamente para que possam ser consultados quando necessário”, aponta.
Os síndicos devem gerir ainda as benfeitorias em áreas comuns. A definição das obras e melhorias necessárias são feitas em assembleia, com a participação dos moradores, mas a verificação do andamento das obras é feita pelo síndico. “Atuar como síndico é como atuar em qualquer outra área profissional. Há atividades mais complicadas e outras que dão mais prazer. Lembrando que, no que diz respeito a legislação trabalhista os síndicos tem os mesmos direitos que os outros trabalhadores”, finaliza.