Entretanto, o médico alerta que é importante sempre estar atento à saúde. “Pode acontecer de pessoas muito jovens terem morte súbita sem motivo aparente”, exemplifica o médico. Por isso, pessoas de todas as idades devem ser avaliadas por um cardiologista regularmente. “Com essa avaliação clínica e alguns exames básicos, é possível detectar alterações cardíacas sérias como a cardiomiopatia hipertrófica e a presença de arritmias cardíacas”, esclarece.
Fatores de risco
A idade e algumas doenças pré-existentes devem ser levados em conta na hora do exame. “Devemos controlar os fatores de risco como obesidade, tabagismo, diabetes, hipertensão e colesterol. Essa é a melhor forma de prevenção”, salienta o cardiologista.
Independente desses fatores, o especialista explica que um indivíduo, mesmo que saudável e sem sintomas, devem fazer no mínimo um check up básico, com avaliação dos possíveis fatores de risco e alguns exames, incluindo o eletro, o ecocardiograma e o teste de esforço. Esse cuidado é ainda mais importante entre os homens, geralmente a partir de 40 anos, e mulheres após a menopausa.
Os pacientes que devem tomar cuidados redobrados são os que fazem parte do grupo de risco e aqueles que já passaram por algum problema cardíaco (infarto ou cirurgia de revascularização). O médico explica que a idade avançada também é um fator de risco. Conforme o indivíduo envelhece, aumenta a incidência de doenças como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, alterações no colesterol o que, consequentemente, aumenta a probabilidade de problemas cardíacos. “Alguns pacientes devem ser monitorados, para controlar os níveis de pressão arterial, colesterol e taxa de açúcar no sangue. Dependendo do caso, pode ser necessário consultar o cardiologista a cada três meses”, ressalta o especialista.
Os diabéticos também fazem parte desse grupo. “Uma avaliação mais aprofundada para estratificação de risco cardíaco, com teste de esforço associado a estudo de perfusão miocárdica (cintilografia) pode ser necessário”, aponta o especialista em Medicina Nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, Dr. Carlos Cunha.