Vale Fértil apoia projeto que atinge mais de 120 mil jovens

 
Com uma longa lista de apoio a projetos desportivos, a Vale Fértil entra no “Atleta do Futuro” com foco na região em que está instalada. “É importante que as empresas, como a Vale Fértil, visem o retorno da comunidade em que se inserem”, diz Roberto Ballescá, coordenador de Esporte e Lazer do SESI PR. Para ele, a maior conquista que uma empresa pode ter iniciativa, além da participação na formação de jovens, é a aceitação dos moradores de sua região. “Assim, a população passa a ver a empresa como um centro comunitário, uma parte integrante do convívio social”, diz o coordenador.
 
O objetivo do “Atleta do Futuro”, segundo Ballescá, é a formação de cidadãos a partir da prática desportiva. “Percebemos que a criança e o jovem de regiões marginalizadas ficava muito vulnerável a uma influência negativa das drogas e da violência urbana”, explica Roberto. Além de auxiliar o jovem, portanto, o projeto também valoriza a região em que se insere.
 
Idealizado em 1991, em uma parceria da Unicamp com o SESI SP, o “Atleta do Ano 2000” tinha, como gancho, os jogos olímpicos de 2000 – quando ainda se acreditava que eles iriam ser sediados no Brasil. Em 2002, a iniciativa passou por uma reestruturação e tomou a cara que tem hoje. Foi na mesma época que o Paraná aderiu à proposta, já podendo fazer parcerias com empresas privadas. O sucesso, como os números demonstram, foi espantoso.
 
Hoje, a idade mínima para o jovem integrar o projeto é de sete anos. A idade máxima é indeterminada. “Temos pais que participam conosco, intensamente”, diz Ballescá. Ele conta que, até os 15 anos, é mais fácil segurar o jovem. “Ainda que, nos últimos anos, o retorno dos mais velhos tenha sido grande, não podemos lutar com uma realidade social que insere o jovem no mercado de trabalho aos 16 anos”, conta o coordenador. Ainda assim, durante os anos em que integra o projeto, o jovem aprende noções de vocabulário motor, prática poliesportiva, formação humana e educação social, “que é o conceito mais importante, para o projeto”, de acordo com Roberto. Ele lembra, ainda, da parceria mantida com escolas e colégios, que prevê a manutenção de boas notas nas escolas, sob risco da suspensão de sua participação nas atividades.
 
Quando questionado com relação aos jogos olímpicos de 2016, Ballescá diz que, no caso do Paraná, nunca foi o foco. A partir de 2011, entretanto, deve haver um investimento nesse sentido, sempre tomando cuidado com a expectativa que algo dessa magnitude pode gerar em um jovem. “É preciso lembrar que outros jovens estão sendo treinados por grandes atletas e, em muitos casos, uma iniciativa como essa não tem condições de se destacar, frente a isso; apesar disso, expectativa sempre existe, até mesmo em nós, não é mesmo?!”, aposta Roberto.
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