O objetivo é evitar o crescimento inadequado dos ossos da face e prevenir alterações futuras de mau posicionamento dos dentes, desequilíbrio da oclusão (fechamento da boca), estresse do sistema neuro-muscular, disfunções da articulação da mandíbula com o crânio, chamada de temporomandibular, e até mesmo baixa-estima pelo aspecto alterado do sorriso. “Os problemas bucais sempre afetam a auto-estima das pessoas, pois é com a boca que falamos, sorrimos, nos expressamos. Se a pessoa tem vergonha de se expor por causa de dentes tortos, por exemplo, se sente excluída e não se valoriza”, afirma Juarez Köhler, outro especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial da Clínica Köhler Ortofacial. Ele alerta ainda que não é apenas uma questão estética, mas de saúde. Ossos faciais com seus tamanhos e formas alteradas podem causar distúrbios desconfortantes, tais como dores de cabeça, desequilíbrio muscular e respiração errada.
Segundo Gerson, professor convidado de pós-graduação de sua especialidade desde 1988 existem vários tratamentos e entre eles está o uso de aparelhos ortopédicos intra ou extrabucais. “O objetivo é estimular centros de crescimento para deixar os ossos da face mais harmônicos entre si. Uma criança com falta de queixo (retrognatia mandibular), por exemplo, deve usar um modelo específico que estimula a mandíbula para frente sempre que ela fecha a boca ou engole a saliva. Essa pressão reiteradamente atuante faz com que a mandíbula cresça”, ressalta.
Os dois especialistas recomendam que os pais procurem um ortopedista facial sempre que observarem alterações ósseas, dentárias ou de simetria da face. “Uma criança com o queixo muito pronunciado (prognatismo mandibular), por exemplo, precisa iniciar tratamento ortopédico-facial cedo, já por volta dos quatro anos de idade, em alguns casos até antes. Quem – ao contrário – tem o queixo pequeno demais (retrognatismo de mandíbula), também deve merecer cuidados terapêuticos ortopédicos precocemente, porém nem sempre tão cedo quanto os pacientes prognatas (mandíbula maior que maxila)”, esclarece Juarez.
Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)
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