Segundo Esperidião Elias Aquim, coordenador geral da Fisioterapia dos Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, o uso do videogame é recomendado para recuperação de diversos quadros clínicos. Entre eles, podemos destacar os estados neurológicos, transtornos de equilíbrio e coordenação, traumas de membros superiores e reabilitação de cirurgias como do ombro ou joelho, além do recondicionamento cardiorrespiratório em pacientes cardiopatas e pneumopatas.
Rafael Daniellewicz
De forma geral, os pacientes estão utilizando o videogame em torno de 20 minutos por dia, mas a indicação pode variar dependendo da condição. Nos casos de pessoas que sofrem de problemas acometidos por doenças do sistema nervoso, os resultados vão além de melhoras no equilíbrio e na coordenação. “Estimamos avanços no controle de tronco, no fortalecimento dos membros superiores, na coordenação fina, na distribuição de energia, na flacidez, além dos benefícios na autoestima”, explica Aquim.
BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS – Para os pacientes que sofrem doença cardiopatas ou pacientes da pediatria, o método também traz resultados positivos. De acordo com o especialista, o uso deste videogame na pediatria ajuda na recuperação e na educação dos movimentos perdidos total ou parcialmente, além de maior adesão ao tratamento.
Em pacientes cardiopatas, todo o enfoque está direcionado ao recondicionamento cardiorrespiratorio. “Através da simulação de atividades desportivas conseguimos reproduzir movimentos com a segurança que o ambiente hospitalar nos permite como monetarização hemodinâmica e respiratória”, acrescenta Aquim.
HUMANIZAÇÃO NA UTI – A nova ferramenta faz parte da proposta do Hospital VITA de humanização na UTI, o que tem conseqüência na recuperação mais rápida e com melhor qualidade. “Vale ressaltar que o videogame complementa as outras atividades desenvolvidas pela equipe de fisioterapia”, afirma Aquim.
Dentro desse cenário, o Hospital VITA Curitiba, em parceria com a empresa Profisio, inaugurou recentemente o Espaço Fitness para os pacientes da UTI. O espaço é novo, mas o conceito da atividade física na UTI tanto no VITA Curitiba como no VITA Batel é praticado desde 2004, com bastões, pesos, bolas, espaldar, cesta de basquete, cama elástica, bicicleta e prancha ortostática.
A atuação da fisioterapia na UTI tem um impacto positivo essencialmente na reabilitação pulmonar e motora do paciente. Isso porque a imobilidade gera um maior acúmulo de secreções pulmonares e, por consequência, maior incidência de pneumonias. “Dessa forma, conseguimos focar na reintegração funcional do indivíduo, proporcionando um processo de reinserção mais precoce e um menor tempo de internação, além de reduzir o impacto da imobilidade e abreviar o período de ventilação mecânica (artificial), reduzindo, inclusive, o custo assistencial”, explica Aquim.
De acordo com Aquim, a reabilitação por meio da fisioterapia está relacionada com a humanização hospitalar. “A independência funcional é essencial para que o paciente sinta-se bem, podendo se comunicar, realizar a higiene pessoal e se alimentar”, afirma. Também faz parte da programação com os pacientes passeios na área externa da UTI, em local arborizado: “A nossa equipe de fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros promove dessa forma a reabilitação, eventualmente inclusive com a companhia dos familiares”.
Outro diferencial é o Programa Zero Stress, iniciado em 2007 nos hospitais VITA Batel e Curitiba. Profissionais realizam terapias manuais em pacientes, familiares e colaboradores em todos os ambientes do hospital, inclusive na UTI e no centro cirúrgico. Entre as terapias utilizadas estão quick massage, shiatsu e massagem relaxante e terapêutica.
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