Tabagismo e sua influencia na vida profissional

Atualmente, as pesquisas demonstram que o tabagismo é o principal fator de risco para doenças que levam à morte. A expectativa de vida de um dependente do cigarro é de 25% a menos do que um não-fumante. Entre as doenças relacionadas ao fumo são causa de morte: doenças cardiovasculares (43%), câncer (36%), doenças respiratórias (20%) e outras (1%).

Muitos tabagistas de longa data desenvolvem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bronquite e enfisema. A nicotina liberada pela queima do cigarro irrita os pulmões e estruturas respiratórias, causando uma reação inflamatória que modifica a estrutura dos brônquios e obstrui o fluxo aéreo. As estruturas pulmonares são alteradas, a ventilação pulmonar é prejudicada e o esforço respiratório gradativamente altera a conformidade do tórax. Ocorre ainda a diminuição da oxigenação dos tecidos e a desnutrição dos músculos, tornando as pernas e braços mais fracos. O paciente também despende mais energia para realizar simples tarefas habituais e sintomas como a dispnéia (falta de ar), câimbras e dores musculares aos poucos levam ao sedentarismo e à piora de sua condição clínica.

A Fisioterapia Respiratória constitui um tratamento efetivo para o paciente com DPOC, objetivando o alívio da dispnéia, a melhora do condicionamento cardiovascular, aumento da força muscular, a melhora da composição corporal, da imagem corporal, do equilíbrio e da qualidade de vida. Com aplicação de manobras desobstrutivas, orientação dos padrões respiratórios e posturas facilitadoras da desobstrução e ventilação pulmonar, o fisioterapeuta respiratório atua no tratamento da DPOC promovendo a desobstrução brônquica. Dependendo da necessidade, esse profissional prescreve e orienta exercícios aeróbicos e de força que melhoram o condicionamento cardio-respiratório, a força muscular, a flexibilidade articular, diminuindo os sintomas da doença e readaptando o paciente às suas atividades diárias, com o menor gasto energético.

O monitoramento constante do fisioterapeuta durante o tratamento auxilia o médico na terapêutica medicamentosa e os pacientes e familiares. Com a orientação profissional, os pacientes e seus familiares começam a aprender a lidar com a doença, com as crises e estimula o abandono de hábitos nocivos à saúde como o tabagismo e o sedentarismo – fatores de risco predisponentes às doenças cardiovasculares, câncer e DPOC.

* Rita de Cássia Munhoz é fisioterapeuta da Clínica Contato, graduada pela PUC-PR, pós-graduada em Fisioterapia Cardio-Respiratória, em Cardiologia Básica e Avançada, é especialista em Reabilitação Geriátrica e Gerontológica e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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