A prática de alugar boxes para guardar o que não cabe mais em casa, no estoque ou no almoxarifado da empresa é bastante comum nos Estados Unidos. São as chamadas self storage que hoje figuram como a atividade que mais cresce no setor imobiliário americano. São mais de 60 mil locais dedicados a isso, com mais de 25 milhões de boxes.
No Brasil, são cerca de 200, sendo que 60% deles estão em São Paulo, com Rio de Janeiro e Minas Gerais na sequência. De acordo com dados da Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass), o mercado tem crescido cerca de 5% ao ano – mesmo com a retração econômica.
A tendência de crescimento na demanda é mundial e o motivo do sucesso é a facilidade de adequação as mais diferentes necessidades. Como os boxes têm metragens variadas, há quem use para proteger móveis durante uma reforma, para guardar objetos que não cabem mais em casa ou ainda para empresários, principalmente de e-commerce, armazenarem seus estoques. A praticidade de não precisar de um fiador e ficar livre de taxas como IPTU, condomínio, água e luz são outros atrativos. O aluguel é feito sem burocracia, apenas para o período que a pessoa precisa.
Em Curitiba, capital conhecida pela exigência dos consumidores, os espaços vêm se tornando ainda mais funcionais. Enquanto no início, as primeiras self storage surgiram em grandes galpões improvisados, distantes da região central da cidade, as alternativas que dispensam um deslocamento tão grande e com cuidado maior nos ambientes estão chamando a atenção. Um exemplo é a Espaço A+, inaugurada em janeiro de 2017, na rua 24 de maio, bem no centro da cidade. Além da fachada moderna, os corredores são claros e os tons de laranja e azul trazem alegria para o espaço. Diferenciais que vêm se destacando no momento de optar pelo espaço.
Os sócios-proprietários do negócio Almir W. Parigot de Souza Filho e Sabrina Motta Fuzeti de Medeiros pesquisaram o mercado brasileiro e já estão ampliando o projeto com um novo endereço com boxes climatizados, que será inaugurado em breve, para permitir o armazenamento de produtos perecíveis.
O crescimento dos pequenos empreendimentos e alto valor dos imóveis são os principais fatores de impulsionamento do segmento das self storages e a tendência é que o mercado brasileiro siga os mesmos passos do exterior.