Saquinho de cânfora no pescoço não protege contra a nova gripe

“Esta medida costumava ser utilizada durante a gripe espanhola. Naquela época, vigorava a teoria miasmática, pela qual se acreditava que a transmissão dos chamados miasmas (ar corrompido) ocorria em função do mau cheiro, e a cânfora, por possuir um aroma melhor, combatia a transmissão”, explica.

De acordo com os e-mails que têm circulado na rede, o hábito era adotado durante a gripe espanhola no começo do século passado (1918), por profissionais de saúde que lidavam diretamente com os doentes. Na época, médicos e enfermeiros costumavam usar um saquinho de gaze com pedras de cânfora, acreditando que isso serviria como medida preventiva.

“Esta é uma ideia antiga, já superada por estudos científicos, e que não corresponde à realidade. A proteção efetiva contra a doença só se dará de fato pela vacina que, de acordo com o Ministério da Saúde, estará disponível no Brasil no próximo ano”, completou Ângela.

Ainda segundo a médica, a cânfora possui apenas uma propriedade broncodilatadora, que facilita a respiração de pessoas que possuem problemas respiratórios, como asma e bronquite. Mas não serve para proteger contra a doença.

Entre outros assuntos, a sessão de “Mitos e Verdades”, do site da Nova Gripe (www.novagripe.pr.-gov.br), desmistifica informações falsas que têm circulado sobre morte de médicos pela gripe A no Hospital de Clínicas e no Pequeno Príncipe (ambos em Curitiba), propriedades da erva-doce, conversa falsa de MSN e esclarecimentos sobre a vacina e tratamento da doença.

Para evitar a contaminação pela nova gripe, medidas básicas devem ser adotadas, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; manter os ambientes arejados; e evitar aglomerações.

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