Quase metade dos compradores de Curitiba deseja um imóvel pronto para morar, volume superior aos que preferem o imóvel em construção ou na planta, segundo dados do Perfil Imobiliário 2015 da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR). O diretor da Terrasse Engenharia e Construções, Osmar Nobolu Kassuia, atribui a preferência por um imóvel pronto a uma necessidade imediata, motivada por novas condições de trabalho, escola dos filhos ou mesmo por mudanças na configuração da família.
Para esses grupos, não há tempo disponível para um planejamento de longo prazo. “Há ainda a questão da segurança, pois, o comprador imediatamente toma posse do bem adquirido, em vez de aguardar o prazo de construção que tem 36 meses, em média”, comenta Kassuia. A construtora, prestes a completar 25 anos, conta com sete empreendimentos com apartamentos prontos para morar em Curitiba, nos bairros Cabral, Cristo Rei, Seminário e Juvevê, todos em torre única.
Cada modalidade apresenta as suas vantagens. No caso do imóvel pronto, a principal delas é que as características e atributos da edificação podem ser verificadas diretamente no local. “O comprador pode visualizar o acabamento, insolação, áreas comuns disponíveis, localização e entorno, bem como os custos de manutenção do condomínio e de impostos como o IPTU. Essas despesas serão efetivamente ‘para sempre’ e merecem atenção do comprador, que deve averiguar se elas são compatíveis com a sua renda e se poderão causar alguma dificuldade numa futura venda do imóvel”, alerta Kassuia.
No caso dos lançamentos, os benefícios compreendem melhores descontos e pagamento parcelado para quem não dispõe da totalidade dos recursos necessários. O imóvel na planta permite ao comprador o parcelamento de parte do que se chama de poupança, normalmente entre 20% e 50% do valor do bem, que é a diferença da sua capacidade de financiamento no sistema bancário (normalmente, entre 50% e 80% do preço do imóvel).
Na aquisição do imóvel pronto, o comprador precisa dispor desta poupança, geralmente para pagamento à vista, já que uma vez contratado o financiamento imobiliário, o bem deve estar quitado. “Outro ponto a se salientar é que, geralmente, quem compra o imóvel na planta ou em construção pode escolher as unidades do edifício, o que se observa, sobretudo em empreendimentos menores, com poucos apartamentos disponíveis”, ressalta o empresário.