Otimize o espaço e mantenha as crianças ocupadas e integradas

Jogar bola na garagem, brincar no saguão de entrada, fazer barulho pelos corredores e molhar o elevador depois de sair da piscina são só algumas das questões mais comuns causadas pelas crianças e que criam desentendimentos entre os condôminos. Segundo Carlos Samuel de Oliveira Freitas, diretor de condomínios da imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro, os principais problemas relatados por moradores são o barulho, a depredação do patrimônio, a utilização da piscina e da sala de jogos fora dos horários estabelecidos, o uso de trajes de banho no elevador social e a aglomeração de jovens nos corredores.

As soluções

O primeiro aspecto para prevenir problemas com as crianças do condomínio é criar áreas comuns de lazer. “Elas aprontam quando não têm nada para fazer”, comenta Freitas. Com muito diálogo e participação, além da ênfase no lazer e nos esportes, é possível diminuir os conflitos e garantir uma melhor qualidade de vida no condomínio.

A criação de espaços exclusivos para as crianças, locais em que elas possam se reunir e brincar são ótimas soluções. Algumas alternativas sugeridas pelo diretor de condomínios é a instalação de brinquedos como pebolim e tênis de mesa em uma sala pouco utilizada pelo condomínio, uma brinquedoteca, ou simplesmente uma sala para ver TV.

Crianças gostam de participar de tudo o que podem. Envolvê-las em iniciativas de reciclagem de lixo, convidá-las para assistirem e participarem das assembleias gerais ou instituir a eleição de um síndico mirim, que ficaria encarregado de levar ao síndico as sugestões e necessidades das crianças, são ideias que fazem com que esses “minicondôminos” façam parte do que está acontecendo, se sintam importantes e com isso colaborem. O advogado ressalta que é fundamental que a criança se enturme no condomínio tanto quanto na escola, “o que ela gosta, ela não destrói”, ressalta.

Invariavelmente, para todo e qualquer problema com as crianças, o melhor caminho é o diálogo – por isso, desde o começo é preciso que o condomínio deixe claro para os pais, as babás e para as próprias crianças quais são as normas que devem ser cumpridas. Carlos Samuel de Oliveira Freitas ainda lembra que funcionários de limpeza e portaria não têm a obrigação de cuidar das crianças, para isso é preciso contratar profissionais de recreação especializados. “Nas férias, por exemplo, é interessante ter monitores responsáveis e que desenvolvam atividades diárias com as crianças. Se os condôminos que não têm filhos não concordam com esse serviço e não entram em acordo, o ideal é fazer um rodízio entre os pais das crianças, assim não existe desgaste de um só lado – e o convívio pode se tornar ainda mais prazeroso, inclusive entre os pais, que, por meio das brincadeiras realizadas com os filhos, acabam se conhecendo também”, comenta.

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