Como as doenças cardiovasculares sempre foram associadas ao homem, as mulheres geralmente não se previnem. A isso, soma-se o fato de que, nas últimas décadas, as mulheres passaram a ter um estilo de vida que contribuem para estas estatísticas citadas, com muitas horas de trabalho, estresse, tabagismo, sedentarismo e o consumo de alimentos ricos em açúcares e gordura.
Na mulher, a morte por doenças cardíacas ocorre cerca de 10 a 15 anos mais tarde que nos homens. Os motivos que a levam a apresentar essa doença mais tardiamente ainda são pouco conhecidos. “A mulher tem um mecanismo de proteção até a menopausa, relacionado aos níveis do hormônio estrógeno, mas sua atuação ainda vem sendo estudada”, explica o cardiologista.
Os fatores de risco em mulheres são os mesmos que em homens: diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo, colesterol e pressão arterial alto e histórico familiar. Os sintomas típicos para homens e mulheres são a dor opressiva no centro do peito, desencadeada por esforços e aliviada em repouso. Porém, os sintomas em mulheres freqüentemente são mais atípicos. Durante um infarto, por exemplo, as mulheres costumam sentir mal estar geral, indisposição gástrica, semelhante a uma indigestão. “Essas apresentações atípicas dificultam o diagnóstico de uma doença cardíaca em mulheres”.
Sem informação
A falta de informação e até recentemente de campanhas preventivas voltadas ao sexo feminino também faz com que esse assunto seja colocado em segundo plano. Além do ginecologista, os outros especialistas, como o endocrinologista, devem ficar alerta aos fatores de risco e orientá-las a procurar um cardiologista, especialmente aquelas que já estão na menopausa e apresentem sintomas de doenças cardíacas.
As mulheres, assim como os homens, devem se submeter à avaliação cardiológica, incluindo consulta médica, exame físico e testes básicos como o eletrocardiograma de repouso e o teste de esforço.
Diagnóstico
Uma forma de avaliar o fluxo de sangue para o miocárdio é a cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. “Uma investigação mais profunda pode ser um grande auxiliar na identificação precoce da doença, na orientação do tratamento e para a prevenção do infarto e da morte cardíaca precoce”, explica Dr. Carlos Cunha, especialista em Medicina Nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear.
O exame atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão recebendo fluxo sanguíneo insuficiente em repouso ou durante o esforço. De acordo com o médico, o resultado pode ser decisivo para encaminhar o paciente para o tratamento necessário.
A maioria dos ataques cardíacos em mulheres pode ser prevenido. O cardiologista dá algumas dicas:
- Atividade física regular;
- Manter o peso ideal;
- Alimentação rica em fibras vegetais e pobre em gordura animal;
- Não fumar;
- Adotar um estilo de vida que minimize o estresse da vida moderna;
- Ter acompanhamento de um especialista.
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