O foco do romance é a problemática dos relacionamentos familiares do idoso, que muitas vezes abre mão da sua individualidade para viver na companhia nem sempre harmônica de filhos e netos. Sob o mesmo teto, o choque de gerações fica, a cada dia, mais evidente. Quem tem razão? O jovem e seu dia-a-dia cheio de tecnologia? Os pais, com sua autoridade e sua estrutura pré-definidas? Ou o idoso, com sua sabedoria e experiência acumulada, mas preso a ideias no mínimo incompatíveis com a família? Até onde cada um deve ceder? Até onde é possível e aconselhável marcar território? São questões difíceis de serem respondidas e todas elas motivam conflitos que são capazes de minar a boa convivência familiar.
O ritmo de vida intenso da família, com pais que trabalham dia e noite e filhos que estudam e, também, muitas vezes trabalham, se contrapõe ao modo de ser do idoso, que é mais observador, que fica atônito e alheio às chamadas “modernidades” e ainda vive em seu próprio mundo orientado por princípios rígidos. E mais dúvidas e guerras internas surgem: como conviver com pessoas apressadas que não conseguem definir seus objetivos de vida? Como tentar ajudá-las? E de que forma ajudar, se os mais jovens não dão ouvidos aos conselhos de avós preocupados? Ao contrário, se revoltam e não admitem qualquer interferência em seu modo de agir e pensar.
Dona Margarida, a personagem central do livro, busca, com inspiração em sua experiência de vida, soluções para os problemas da filha, do genro e dos netos que não eram aquelas desejadas por aqueles que ela tanto ama. Muitas são as situações de perigo e incômodos que rondavam sua família, mas a matriarca pouco podia fazer para ajudar, pois sua ajuda não era aceita e seus conselhos não eram levados em consideração. E o pior é que sua felicidade plena dependia da felicidade plena de sua família.
E então, não é nada difícil de se identificar com a realidade descrita pela obra de João Carlos Baracho? Pois é, a vida guarda roteiros mais ou menos parecidos para aqueles que adotam algumas posições quando escrevem sua própria história. Contudo, a troca de experiências é salutar para que os problemas sejam enfrentados com mais naturalidade e com menos sofrimento.
SOBRE O AUTOR
João Carlos Baracho é médico formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Geriatria, Clínica Médica e Saúde Pública. Atuou em unidades de saúde junto às comunidades, chegando a assumir o cargo de Secretário Municipal da Saúde de Curitiba entre os anos de 1995 e 1998. É o atual vice-presidente da Associação Médica do Paraná (AMP). Ao longo de 25 anos de exercício da profissão, Baracho exerce a medicina em seu consultório, guiado pelos princípios de respeito ao próximo e humanização. O atendimento voltado às pessoas idosas lhe serve como fonte de inspiração para seus livros.
SOBRE O LIVRO
O livro tem 224 páginas e recebe o selo da Nouvelle Editora. Pode ser comprado pelo site www.nouvelleeditora.com.br ao preço de R$ 29,90.
Doutor João Carlos Baracho
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