Rosa é apenas uma das 28 milhões de pessoas que sofrem com o problema e retrata a realidade de muitos que tem como causa mais de um fator. “Eu fiz uma cirurgia nas amígdalas e fiquei com problema no maxilar e isso já faz 47 anos. Depois descobri que tinha disfunção de ATM, fiz um tratamento que melhorou um pouco. Também fiz uma audiometria que constatou que tenho 20% de perda auditiva”, conta.
De acordo com Gerson Köhler, ortodontista, ortopedista facial e palestrante do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ), o zumbido possui mais de 200 causas e nem sempre é possível acabar com o problema. “Os tratamentos variam de acordo com as origens e podem envolver mais de um profissional. Em geral eles trazem mais qualidade de vida ao diminuir e controlar o zumbido, pois dificilmente consegue-se curar por completo”, ressalta.
A origem do zumbido pode estar associada a várias partes do corpo ou sistemas e pode envolver questões odontológicas, musculares, distúrbios craniofaciais, entre outras, próprias das estruturas das orelhas (ouvidos) internas. “Como mais de uma causa pode estar presente num mesmo indivíduo, todas elas têm de ser diagnosticadas e tratadas. Por isso é importante fazer uma investigação correta e um planejamento adequado e personalizado de tratamento”, recomenda Rita de Cassia Guimarães Mendes, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do GAPZ.
A especialista será a palestrante do próximo encontro do GAPZ, que acontece no dia 1º de outubro (sexta-feira), e falará sobre os tipos de tratamentos que existem para o zumbido. “Dentre as formas de tratamento estão os medicamentos de suporte para o melhor funcionamento dos ouvidos e das vias auditivas, os aparelhos e implantes auditivos que restauram a capacidade de ouvir, compreender a fala e melhoram o zumbido, a cirurgia em alguns casos, tratamento odontológico e fisioterapêutico especializados, correção de erros alimentares, acompanhamento psicológico, entre outros”, aponta.
GAPZ
Com o objetivo de informar e atualizar as pessoas sobre o que é, as causas, consequências e tratamentos para o zumbido, o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ) é uma iniciativa pioneira, que existe há 11 anos no Brasil e tem pólos em vários estados. No encontro são esclarecidas todas as dúvidas dos presentes e diversos profissionais como médicos otorrinos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas dão orientações. “O principal objetivo do Gapz é promover a troca de experiências entre as pessoas que sofrem do mesmo problema, além de trazer orientações e atualizações sobre o zumbido”, considera o ortodontista Gerson Köhler.
Estudos indicam que os participantes com frequência superior a 75% nos encontros conseguem melhora significativa no problema do zumbido. “Tem muita coisa que eu não sabia e aprendi aqui. Além de aprender, eu repasso os conhecimentos para as outras pessoas e compartilho a minha experiência”, assegura Rosa.
Os encontros do GAPZ acontecem todas as primeiras sextas-feiras do mês, no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. O evento é aberto para qualquer pessoa, a entrada é gratuita e quem quiser colaborar pode fazer a doação de um produto de higiene pessoal. Mais informações sobre o próximo encontro podem ser obtidas através do fone 41-3225-1665
Serviço: Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido
Próximo encontro: 01 de outubro
Tema: Os tipos de tratamento para o zumbido.
Palestrante: Rita de Cassia Guimarães Mendes, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do grupo.
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Entrada livre
Verônica Pacheco 41 3045-2831/ 81*49417
Jornalista MTB4756-PR
Carla Bastos Dias 41 3377-5245 / 8823-4169
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