O professor alertou que a OMS recomenda o uso de 100 litros de água/dia por pessoa. A média no Brasil é de 150 litros. Em alguns condomínios brasileiros, o consumo chega a 800 litros de água/dia por pessoa. Mais especificamente para a arquitetura, Goldemberg mostrou que 41% do consumo de toda a energia gasta pelo o mundo vem dos edifícios. “Mas gerenciar a eletricidade é uma questão muito mais fácil do que aquela do gerenciamento de outros recursos”. Para o professor, uma das principais alternativas, ainda pouco usada são os painéis solares.
“Aqui, a energia solar rende 200 kwh/m²/ano. E o custo de operação de uma residência de cerca de 100 m² é de 300 kwh/m²/ano. Ou seja, é plenamente possível abastecer as residências dessa maneira, em um modelo de consumo como aquele dos EUA, onde a residência vende energia para a rede ao longo do dia, e a compra de volta à noite, quando o consumo é maior”.
Outro destaque da palestra foi o uso do conceito da economia verde. A melhor definição não é a traduzida do inglês, “desenvolvimento sustentável”, mas aquela do francês que diz “desenvolvimento durável”. Como exemplo, Goldemberg citou a necessidade de aumentar alternativas ao combustível fóssil, e atenção a questões como o desenvolvimento chinês, fortemente dependente da energia do carvão, altamente poluente.
