Esporte a favor da vida

O esporte é um dos caminhos que mais abre a mente da população quanto a real capacidade dessas pessoas. “Hoje, alguém que perdeu um membro, se tiver uma reabilitação bem feita, acompanhada de perto por profissionais de qualidade e cuidadosos, pode retomar sua vida normalmente. Inclusive, voltar a praticar a modalidade esportiva preferida”, afirma Lílian Alves, fisioterapeuta e gestora da clínica Ortopédica Catarinense.

O surgimento das Paraolimpíadas deu um empurrão significativo na popularização do esporte entre deficientes físicos. A raiz de todo o desenvolvimento da categoria, segundo alguns registros, está na Alemanha, por volta de 1918, quando grupos lesionados na Primeira Guerra Mundial se reuniam para competir.

No Brasil, o esporte paraolímpico começou em 1958, quando o cadeirante Robson Sampaio de Almeida fundou o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, e Sérgio Seraphin Del Grande deu vida ao Clube dos Paraplégicos de São Paulo. A primeira competição internacional com a presença do Brasil foram os Jogos Parapan-americanos de Buenos Aires, em 1969.

De lá para cá, apesar das dificuldades, nosso país se tornou uma das potências mundiais. E em cada torneio, é possível ver lições de vida que mostram como o ser humano não tem limites.

Campeão nas quadras e na vida

Daniel Silva sempre gostou de esportes, qualquer um, desde que pudesse dar vazão ao seu espírito competitivo. Mas, nove anos atrás, um assalto mudou sua vida. O tiro foi na barriga, mas a bala atingiu uma artéria e a perna direita precisou ser amputada abaixo do joelho.

Quando teve alta do hospital, Daniel estava bastante debilitado. “Para você ter ideia, eu tenho 1,90 de altura e meu peso era de 55 kg”. Sua reabilitação, entretanto, foi impressionante, inclusive para o próprio paciente. Em menos de dois meses com a prótese já estava andando e pronto para retomar sua rotina. O esporte não podia ficar de lado.

Cerca de dois anos após a amputação, caiu nas piscinas, mas foi na quadra de vôlei que se encontrou. Ele fez parte da equipe paraolímpica que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Parapan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, e também esteve presente no Mundial do Egito e nas Olimpíadas de Pequim. Atualmente, é dos jogadores da UNILEHU, time que disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Vôlei Paraolímpico.

O tratamento bem realizado para reabilitação, unido à sua dedicação e força de vontade permitiram recuperar o prazer da prática esportiva, que hoje é uma das suas fontes de confiança e boa auto-estima. “Além do bem para a parte física, o esporte é muito bom para a mente. No meu caso, é um refúgio. Quando estou jogando não penso em mais nada, concentro totalmente. Isso é muito importante”.

Serviço:
Ortopédica Catarinense
Endereço: Almirante Tamandaré, 1144 – Alto da XV
Fone: 41 3262-6559

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