De acordo com a especialista, os riscos de contaminação estão presentes desde a produção de materiais que utilizam as fibras (telhas, caixas d´água, cosméticos, tubulações, divisórias, pisos e forros) até a destruição, pela liberação das fibras que acabam sendo inaladas. “Buscamos a conscientização dos empresários com relação ao amianto, que é altamente cancerígeno, para substituição deste material por outras fibras menos nocivas à saúde dos trabalhadores”, esclareceu a especialista, acrescentando que a não aceitação das empresas ocorre porque o amianto é mais barato que as novas tecnologias de substituição.
Na tribuna da Câmara, Fernanda informou que as doenças provocadas pelo amianto podem levar até 40 anos para se manifestarem e, em sua maioria, não têm cura. Além disso, não é apenas o trabalhador, que tem contato direto com a poeira, que corre, mas também aqueles que ficam eventualmente expostos à poeira. “O pó que os trabalhadores carregam, sem nem perceber, nas roupas e no cabelo podem adoecer seus familiares”, enfatizou.
Quatro Estados e 20 municípios já baniram o amianto. Entre eles, São Paulo, que promove anualmente a Semana de Proteção Contra o Amianto, que alerta para a necessidade de cuidados no descarte de produtos à base de amianto como medida de preservação do meio ambiente.