CPI da Petrobras impulsiona debates públicos sobre o petróleo

Organizações  independentes, que já vinham desenvolvendo a tarefa de alertar sobre a concepção do modelo a ser adotado para a exploração do Pré Sal, trazendo informações técnicas e de bastidores sobre o que ocorre na disputa pelo controle do petróleo brasileiro, têm, agora, a seu favor, os holofotes criados pela oposição versus situação neste debate. Uma das preocupações destas entidades é não serem cooptadas por interesses políticos imediatos que não tem interesse na gestão de um modelo que pode trazer, através do Pré Sal, a total independência econômica do país e uma posição de liderança no  ranking geopolítico mundial.

Modelo em disputa e conscientização popular

Entre estas organizações, está o Instituto Reage Brasil, que já em março deste ano, aliado ao Sindicato dos Engenheiros do Paraná (SENGE), e Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), havia realizado três debates em universidades e na Associação Comercial do Paraná, sobre o tema. De 3 a 5 de junho, o IRBRA realiza mais três debates em duas instituições de ensino  UFPR (Centro de Estudos de Engenharia e Curso de Jornalismo) e Faculdades Integradas Espírita): “Somamos nossos esforços ao de  outras instituições que lutam pela mudança na atual Lei do Petróleo, anulação dos leilões das áreas petrolíferas e participação popular com maior transparência na administração da empresa e distribuição justa da riqueza gerada pelo Pré-sal para todos os brasileiros”, afirma a ex-deputada federal, Dra. Clair, presidente do IRBRA.

Isenção e conhecimento – Para os debates, o Instituto Reage Brasil, tem convidado o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Fernando Leite Siqueira, que mantém um posicionamento eqüidistante das disputas partidárias que afloram na recente CPI da Petrobrás. Siqueira denuncia os interesses internacionais presentes na disputa pelo Pré-Sal, tanto nas administrações do PSDB como na do PT. Se por um lado Siqueira revela  a estratégia dos psdebistas de fragilização da Estatal pela  criação de marcos regulatórios que permitiram, a partir de 1997,  o atual modelo que  beneficia o capital privado com a pulverização das ações da Petrobras na Bolsa de Nova Iorque (onde Geoge Soros é, atualmente, o principal acionista estrangeiro), mudança na Lei do Petróleo (baixa remuneração de royalties, posse do produto pelos exploradores e leilão das áreas petrolíferas);  por outro lado o estudioso denuncia também a manutenção do mesmo  modelo pela administração petista, inclusive com a precarização da capacitação técnica dos trabalhadores com a  progressiva terceirização empregatícia no setor.  O conhecimento histórico,  técnico e de informações de bastidores de Siqueira permite, nos debates,  uma avaliação realista, isenta das paixões partidárias, sobre o assunto.

Atuação em rede

O intercâmbio de informações técnicas e políticas que permeiam os bastidores desta disputa pelo petróleo brasileiro,  conta com a integração e atualização em rede daqueles que defendem modelos alternativos aos defendidos atualmente pelo PT/PSDB: “Foi o intercâmbio de informações com a entidade Auditoria Cidadã da Divida, por exemplo, que permitiu que se constatasse que mais de vinte bilhões de recursos obtidos com os royalties do Petróleo e Gás Natural foram desvinculados da destinação legal de  pesquisa para a Petrobrás, para o pagamento de juros aos banqueiros  em  2008”, afirma Marcos H. Guimarães, Dir. de Comunicação do Instituto Reage Brasil.  Outras informações obtidas  em rede revelaram também que durante a gestão Reichstul (FHC), a Petrobrás teve 62 acidentes sérios em dois anos, contra uma série histórica de menos de um acidente grave por ano de 1975 a 1998. Este fato, inclusive, levou a suspeita de sabotagem para jogar a opinião pública contra a Petrobrás”, revelou Siqueira, através do jornal Correio da Cidadania, no início do ano. Informações como estas são transmitidas em rede para as instituições que se reagrupam informalmente, com um objetivo comum: a mudança do atual modelo.

Aliados

Com a evolução dos debates, tem surgido a idéia de recriação de um  Centro de Estudos e Defesa do Petróleo  e da Petrobrás, nos moldes  que tornou possível a campanha “O petróleo é nosso!”, entre 1948-1953. Suprapartidário, contando com a participação de amplos setores da sociedade civil organizada (militares, ecologistas, ONGs, entidades, sindicatos, etc) e especialistas no setor, o movimento começa a ganhar corpo com a proliferação dos debates em todo o território nacional, unificação de pautas, intercâmbio em rede e acúmulo de dados. O lema da campanha que unifica o projeto, é: “O Petróleo tem que ser nosso”.  Um banco de dados já está sendo criado pelo Instituto Reage Brasil neste sentido.

Serviço:
Debate: O Petróleo é realmente nosso?
Dia 03/06 – UFPR – Curso de Comunicação Social
Local – Auditório DECOM –
Horário – 19:00 H
Endereço: Rua Bom Jesus, 650 – Juvevê – Curitiba – PR

Dia 04/06 –  UFPR – Centro de Estudos de Engenharia Civil
Local – Centro Politécnico – Bloco CESEC
Horário – 19:00 H
Endereço: Rua Cel. Francisco H. dos Santos, 100 – Jd das Américas – Ctba – Pr

Dia 05/06 – Faculdades Integradas Espírita
Local – Salão Chico Xavier
Horário – 20:00 H
Endereço – Rua Tobias de Macedo Jr, 333, Santo Inácio – Ctba – PR

Informações:
[email protected]
www.institutoreagebrasil.com.br

Assessoria de Comunicação Instituto Reage Brasil
(41) 8443-7224

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