Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os cânceres mais comuns são os de pulmão, mama, colo-retal, estômago e fígado, que juntos respondem por quase metade dos novos casos de câncer que surgem no mundo a cada ano. No Brasil, o INCA estima que em 2011, cerca de 27 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de pulmão, o tipo que mais mata no país.
Para o pneumologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, João Adriano de Barros, o cigarro também está ligado à origem de outros tumores malignos. “Podemos enfatizar o câncer de boca, laringe, bexiga, esôfago, pâncreas e estômago. Esses tipos de neoplasias são de difícil controle e tratamento”, conta.
A fumaça do cigarro também pode prejudicar o organismo, pois a temperatura alta agride a mucosa brônquica. Sozinha, a fumaça contêm cinco mil substâncias, entre elas as cancerígenas, como os hidrocarbonetos cíclicos. “O monóxido de carbono ao ser inalado diminui a oxigenação do organismo e, consequentemente, do cérebro, coração e rins”, salienta o pneumologista.
O tratamento é específico para cada tipo de câncer e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Dr. Chicoski explica que ao fumar a pessoa pode comprometer o tratamento do câncer mesmo quando o cigarro não é a causa da doença. “Uma pessoa com câncer de intestino que seja fumante pode ter complicações, como bronquite crônica, além de aumentar o risco de problema em uma possível cirurgia”, aponta.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento. O exame por imagem PET/CT (tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada) consegue diagnosticar determinados tipos de tumores na fase inicial e com alta precisão. “O PET/CT é um exame de alta precisão e tem indicações em diversos tipos de câncer, como: linfoma, melanoma, sarcomas, câncer de pulmão, mama e colorretal”, esclarece o médico nuclear Dr. Juliano Cerci, diretor do Serviço de PET/CT da Quanta Diagnóstico e Terapia.
Com o exame, é possível avaliar o funcionamento dos órgãos e tumores e além de sua anatomia. Em alguns casos, pode-se detectar as alterações funcionais antes de se observar as anatômicas na tomografia convencional. Assim, o exame permite avaliar a extensão da doença e auxiliar na definição do melhor tratamento para cada paciente. “Também podemos acompanhar a resposta terapêutica, ou seja, analisar se o tratamento está sendo efetivo, podendo potencialmente minimizar os efeitos tóxicos do tratamento”, ressalta Dr. Juliano Cerci.