Bedscaping transforma quarto em refúgio sensorial e acolhedor

Mais que uma estética agradável, o bedscaping é um convite para criar, de forma consciente, um ambiente que estimule os sentidos e proporcione sensações de conforto e tranquilidade. Ao projetar esse espaço, é importante pensar além da sua função básica. “Não é apenas onde dormimos, mas o lugar onde recarregamos a mente, o corpo e o espírito. Por isso, o bedscaping se tornou tão essencial: ele nos lembra da importância de cuidar da estética e da funcionalidade do ambiente”, explica o arquiteto Fabio Lima. 

A principal premissa do conceito é simples e relevante: o quarto deve ser o nosso templo particular. Trata-se da arte de compor a cama — e todo o espaço ao redor — de maneira a criar uma atmosfera acolhedora, harmônica e profundamente conectada ao bem-estar.  O bedscaping atua como uma ponte entre esses dois mundos: é possível ter um quarto acolhedor e visualmente rico, sem que ele se torne caótico ou cansativo”, complementa Fabio. 

O arquiteto enumera algumas orientações práticas, dentro da proposta do it yourself, sempre com a premissa de que o equilíbrio é fundamental.

Sensações que os materiais provocam: Tecidos naturais, como linho e algodão, conferem leveza e frescor. Mantas, sobreposições e almofadas criam camadas visuais que convidam ao toque e ao descanso. A escolha da roupa de cama deve ser tão criteriosa quanto a de um sofá ou cortina — afinal,  está em contato direto com o corpo. 

O papel das cores: Tons suaves, terrosos e neutros, como areia, argila, verde oliva ou off-white, remetem à natureza e acalmam o olhar. “e você é mais ousado, recomendo tons mais profundos dessa paleta. Vale lembrar que o bedscaping é sobre intenção e sensações. 

A iluminação como aliada: Luzes indiretas, como abajures com luz amarelada, arandelas ou fitas de LED atrás da cabeceira, criam uma atmosfera intimista. O ideal é contar com mais de uma fonte luminosa, com intensidades diferentes, adequadas a cada momento — da leitura ao relaxamento. 

Texturas, aromas e silêncio: o templo sensorial: Um quarto acolhedor deve estimular positivamente todos os sentidos. Tapetes felpudos, cortinas que filtram a luz com suavidade, difusores com aromas como lavanda ou cedro e até o som — ou sua ausência — compõem essa experiência sensorial. Cada detalhe ajuda a transformar o ambiente em um verdadeiro refúgio. 

O que evitar: Iluminação fria e direta, excesso de cores vibrantes, acúmulo de objetos sem função definida e eletrônicos em destaque, como TVs, cabos e carregadores expostos. Esses elementos geram distrações e aumentam a exposição à luz azul, prejudicando o descanso.

Foto: Samuel Berger

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