O Rugby em Cadeira de Rodas é praticado em Curitiba desde 2010 e, apesar do esporte estar em fase de crescimento, a equipe curitibana ainda não possui um local de treinamento adequado para os atletas tetraplégicos ou tetraequivalentes, masculinos e femininos. Por isso, uma parceria foi firmada entre a AsBEA-PR (Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura do Paraná) e a entidade mantenedora do projeto, a ONG Saúde Esporte.
Cinco escritórios associados à AsBEA-PR (David Queiroz Arquitetura, Hauer Tramujas Arquitetos Associados, Interage Arquitetura, Construção e Incorporação, Juliana Lahóz Arquitetura, Margareth Ziolla Menezes Arquitetura) desenvolveram, de forma filantrópica, o anteprojeto do ginásio paralímpico, que será localizado em um terreno no Parque Peladeiro, no bairro do Cajuru, em Curitiba-PR.
O processo de criação do projeto arquitetônico levou seis meses. O ginásio foi dividido em três pavimentos, totalizando quase 5,4 mil metros quadrados para serem construídos. A ideia era que o ginásio destinado para uso e desenvolvimento de esportes paraolímpicos tivesse uma arquitetura arrojada, racional e de fácil execução, com ênfase na acessibilidade dos atletas e também dos visitantes. Desde a implantação até as estruturas internas, circulações, rampas, amplos espaços de uso coletivo como banheiros, quartos e refeitórios, tudo foi pensado na acessibilidade dos portadores de necessidades especiais.
Além da acessibilidade, a tecnologia está implantada no ginásio, que apresenta uma cobertura feita de um conjunto de treliças leves e, acima destas, as telhas termo dinâmicas, o uso de cabos atirantados para a criação de uma teia verde de vegetação, reduzindo o excesso de luz nos ambientes expostos e criando privacidade e beleza na fachada. De acordo com o grupo de arquitetos, o maior desafio foi colocar-se na posição de um cadeirante e perceber o mundo pelos olhos deles.