Resolver a arquitetura de interiores em ambientes pequenos é um desafio diário para as profissionais de arquitetura. Em projeto recente, executado em Curitiba, as arquitetas Thalita Miyawaki e Erika Fukunishi precisaram incluir em uma suíte todas as necessidades de jovens recém-casados, dispostos a inovar e investir em beleza e conforto para o novo apartamento.
O espaço de 16 metros quadrados foi pensado de acordo com o perfil dos moradores, que preferem uma decoração clean e simples, apesar de ter outras questões que eram imprescindíveis para o local. “O casal tinha muitas roupas na última casa e não existia o espaço suficiente para um closet grande. Além disso, eles gostam muito de ler, de assistir televisão no quarto e queriam o local climatizado, apesar do edifício não possuir estrutura para a instalação do ar-condicionado”, enumera a arquiteta Thalita.
A questão das roupas foi resolvida com um armário grande em formato de L, aproveitando toda a parede lateral do quarto. O gesso já existia no imóvel, mas a iluminação foi pensada junto com o projeto dos armários e levando em conta o gosto pela leitura dos moradores. Na cabeceira da cama, existe espaço suficiente para apoiar os livros. E a televisão foi fixada em um painel de MDF, deixando mais espaço para a circulação entre a parede e a cama. “Para acomodar os aparelhos de televisão a cabo, por exemplo, criamos um nicho no painel em uma altura elevada, para não atrapalhar a passagem das pessoas por baixo daquela peça”, comenta a arquiteta.
O ar-condicionado foi um dos principais desafios, já que o imóvel não possuía infraestrutura para receber o equipamento. Foi necessário conseguir o laudo do engenheiro eletricista e a aprovação do condomínio para instalar o aparelho. A melhor opção para o apartamento pequeno foi o modelo multi-split, que possui somente uma condensadora do lado de fora para várias máquinas evaporadoras nos ambientes internos. “Todos os demais itens que o casal almejava incluir no quarto, como um escritório, nós mostramos que poderia ficar melhor em outro cômodo, pois quando as áreas dos ambientes são pequenas indicamos realizar o melhor aproveitamento com aquilo que é essencial naquele local”, finaliza a arquiteta Erika.