O mercado de locação em Curitiba apresenta números positivos, de acordo com o último levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR. O índice que aponta a Locação Sobre Oferta (LSO) de imóveis usados residenciais na capital teve, em novembro, um crescimento de 2,5 ponto percentual (p.p.) em comparação a outubro, com registro de 19,4%.
“Com o registro do aumento da locação residencial, os dados apresentados na pesquisa são um parâmetro positivo. Um ponto animador para investidores que estão em busca de imóveis residenciais para fins de locação”, ressalta Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.
Segundo a pesquisa, a velocidade de locação continua alta. As casas de alvenaria com dois dormitórios, que levam cerca de 27 dias para serem locadas, se enquadram no perfil de imóvel que registrou o menor tempo de disponibilidade no mercado durante o mês de novembro. Em seguida, as quitinetes levam, em média, 28 dias. Entre os três perfis mais rápidos para serem locados na avaliação do mês, também estão as casas de alvenaria de três dormitórios, que ficam anunciadas por cerca de 33 dias.
De acordo com Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR, a velocidade de locação se comporta de forma muito parecida desde o início do 2º semestre do ano, com uma diferença de 3 a 4 dias de um mês para o outro. “A expectativa é que o mercado continue em um patamar alto e aquecido, pois 2023 trouxe e ainda está trazendo resultados positivos. Nesse aspecto, observamos que durante as negociações, apartamentos localizados nos bairros mais procurados e em um bom estado de conservação são aspectos relevantes”, avalia.
Ainda de acordo com o levantamento da entidade, o ticket médio dos imóveis residenciais, que estava em R$ 1.753 em outubro, subiu para R$ 1.770 durante o mês de novembro, um aumento de 1%. “Os números refletem a lei da oferta e procura, um comportamento do mercado favorável aos investidores”, explica o presidente do Inpespar.
A inadimplência dos inquilinos, dado que indica o atraso no pagamento acima de 30 dias, continua sendo destaque e o registro foi de 1% em novembro, com 0,2 p.p. abaixo de outubro. A inadimplência na casa de 1% é uma referência relevante para locadores e para imobiliárias que prezam por processos detalhados de cadastramento e de contato ativo após o fechamento do negócio.
Tanto nas negociações de locações residenciais, quanto nas comerciais, o Centro lidera a lista de bairros mais desejados pelos compradores com uma representação de 14,2% e 34,2%, respectivamente. O destaque vai para as locações comerciais na região central, que aumentaram 12 p.p.
Já nas negociações residenciais, o CIC e o Portão aparecem com 4,2%, seguidos pelo Água Verde, com 4,1%. Já nas locações comerciais, os bairros Água Verde (7,2%), Batel (6,3%) e Bigorrilho (4,5%) completam a lista dos mais procurados no mês.
Mais valorizados
O Prado Velho é o bairro mais caro para se morar de aluguel em Curitiba. Logo atrás aparece o Centro Cívico, que teve a maior valorização no ano de 2023. É o que revela o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. O preço médio do metro quadrado no Prado Velho foi a R$ 58,1 em dezembro. Já o valor no Centro Cívico ficou em R$ 54,8. O bairro, que aparece na segunda posição do ranking de mais caros, foi o que teve o maior aumento no preço no ano passado: uma variação de 47,4%. Em dezembro, o preço médio do metro quadrado em Curitiba atingiu R$ 36,43 – é o maior valor da série histórica do indicador, que foi revisada. Os cinco bairros que mais valorizaram no último ano em Curitiba são: Centro Cívico, Pinheirinho, Cabral, Cajuru e Tingui.
Foto – Pedro Ribas