Bons projetos refletem a essência dos moradores e promovem um estilo de vida mais prático e saudável
Quando se fala sobre design de interiores sustentável, é comum relacionarmos o conceito à uma decoração composta por peças e materiais naturais e até mesmo reciclados. A verdade é que dar uma nova cara a um móvel antigo, usar móveis ecologicamente corretos ou fazer um sistema de reuso de água são apenas algumas das ações que podem resultar em um projeto de arquitetura consciente. A ideia é muito mais complexa e abrange todo o processo da cadeia produtiva da construção e decoração.
“Quando o objetivo é pensar em uma arquitetura consciente, devemos observar desde a origem e extração da matéria-prima, até o seu reaproveitamento e descarte no futuro. Muito mais que focar em um único ponto, precisamos pensar no processo completo”, orienta a arquiteta Carina Dal Fabbro.
Pensando em soluções simples, ela assinou o projeto de reforma de um apartamento de 280 m², que teve a sua essência totalmente modificada com uma menor produção de entulhos e, consequentemente, menos desperdício de dinheiro, tempo e materiais.
A arquiteta montou lounge bem em frente à porta da área social com poltronas giratórias – um verdadeiro chamado para permanecer com as pessoas queridas em longos bate-papos. Dividindo a mesma área, a profissional planejou e desenhou um móvel que faz às vezes de bar e armazena tudo com a máxima descrição e funcionalidade.
Outro ambiente que compõe o living integrado é o espaço dedicado ao home theater, ambiente que tem tudo para roubar a cena na casa, já que estamos em ano de Copa do Mundo. Com um sofá que já fazia parte do acervo de móveis dos clientes e poltronas confortáveis seguindo a paleta clara, a aposta em um rack de madeira compacto foi a escolha ideal para trazer um contraponto de cor interessante ao ambiente.
A perfeita união do clássico com toques modernos se fez presente nesse lavabo. O ambiente, assim como a sala de estar, já era todo revestido com um mármore importado de alta qualidade e em perfeito estado. Por isso, a arquiteta decidiu por mantê-lo e acrescentar apenas as louças, acessórios e trocar o lavatório.
Para a varanda, Carina implementou soluções simples e que proporcionaram um espaço de descanso para os moradores. Para contemplarem a vista privilegiada, o espaço não foi fechado com vidros ou telas. A varanda também recebeu duas poltronas com material próprio para a área externa – aqui, eles vivenciam o encontro direto com o frescor da natureza sem sair da cidade!
Com a proposta de aquecer o ambiente e oferecer aos moradores mais uma opção de local para reunir a família ao redor da mesa, a cozinha também passou a contar com uma mesa de seis lugares. “Com o mix de bancos e cadeiras, conseguimos aliar a modernidade ao estilo clássico dos clientes”, finaliza a arquiteta.