Entre janeiro e julho de 2021, mais de 55 mil trabalhadores pediram afastamento do trabalho devido a problemas na coluna. De acordo com o Ministério do Trabalho, esta foi a segunda maior causa de licenças neste ano, perdendo somente para dispensas por Covid 19, que totalizaram no mesmo período mais de 68 mil casos.
De acordo com o Chefe do Departamento de Trauma do Hospital do Trabalhador, o ortopedista e cirurgião Renato Raad, diversos fatores podem ocasionar problemas na coluna. “A prática de exercícios físicos de maneira indevida ou errada e até mesmo a predisposição genética devem ser levadas em conta para a definição do diagnóstico, no entanto, com a propagação do home office, esses problemas se acentuaram, devido à má postura adotada pelas pessoas em um ambiente improvisado para o trabalho”, afirma o especialista.
“É fundamental que as pessoas que apresentam predisposição a problemas de coluna ou que já tenham quadros de dores nas costas realizem acompanhamentos a cada dois anos, pelo menos, e adaptem a sua rotina inserindo a prática de atividade física. Vale lembrar que estresse e sedentarismo são fatores que podem desencadear dores nas costas”, destaca Raad.
O médico destaca ainda que doenças diferentes podem ter sinais e sintomas semelhantes e, por isso, é necessário fazer exames complementares para que o diagnóstico seja efetivo.
As alterações na coluna podem ser detectadas por exames simples, como um Raio X, e até mesmo os mais complexos. “A medicina nos dá diversas opções para um diagnóstico completo, desde um Raio X, até mesmo a ressonância magnética, que possibilita a avaliação de músculos, tendões, ligamentos, canal medular, disco vertebral e ainda detectar, por exemplo, tumores na coluna”, conclui Raad.