Veterinária esclarece sobre Alzheimer em animais

A doença ocorre porque o cérebro dos cães e gatos sofrem mudanças durante o processo de envelhecimento, essas mudanças podem causar perda de memória e dificuldade de compreensão.

Geralmente, o processo de envelhecimento dos cães tem início por volta dos seus sete anos de idade. Contudo, é mais comum encontrar animais com demência senil a partir dos 12 anos. Animais com mais idade também podem apresentar outros problemas como perda da visão e da audição, diminuição da energia e problemas com o sono.

Também conhecido como Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca alterações significativas nas capacidades cognitivas no tecido nervoso dos animais. Por ser um tecido extremamente sensível aos radicais livres, estes são culpados pelo envelhecimento e morte dos neurônios em regiões do cérebro responsáveis pela execução de tarefas importantes. Como o cérebro não consegue criar novos neurônios para substituir aqueles que foram danificados, não existe maneira de evitar o desgaste, afirma a veterinária Livia Romeiro.

Basicamente, ele atua como um processo degenerativo do sistema nervoso animal, que pode acontecer de forma lenta e gradual no início, se tornando mais acelerado conforme o tempo e dependendo da genética e condições de saúde do pet. A causa do Alzheimer ainda é desconhecida. Porém, esse transtorno pode afetar animais idosos, como os cães, independente de qual seja a raça ou sexo. Por ser uma doença que vem com a velhice, os tutores de animais de estimação precisam levar os pets para uma avaliação clínica e laboratorial para identificar o que é sintoma da velhice e quais são os do Alzheimer.

Principais sintomas

Os sinais de Alzheimer em animais podem variar. Dependendo de cada caso, os animais podem apresentar sintomas clássicos ou apenas um destes sintomas. Por isso, é extremamente importante que os tutores fiquem atentos às mudanças diárias de comportamento dos animais de estimação, principalmente quando ele está em uma idade mais avançada, afirma Livia. Um animal estar repentinamente desorientado pode ser um dos primeiros sintomas da doença. Um bom exemplo é quando um animal começa a perambular pela casa e acaba tropeçando em tudo, como se o local fosse completamente estranho. Além disso, o pet pode ficar bloqueado e não conseguir se mexer, uma vez que a desorientação pode se manifestar na quietude e no olhar fixo para um determinado lugar.

O animal com Alzheimer também pode apresentar comportamentos mais agressivos quando o pet está diante de outros animais ou seres humanos, como também pode acontecer dos pets não reconhecerem o próprio dono. Essa agressividade é uma forma que o animal tem para se defender, mesmo em um local onde o seu cheiro é predominante. A apatia também pode surgir na falta de interesse em receber carinho ou brincar.

Muitos tutores levam a dificuldade de dormir de um pet idoso como uma situação sem muita seriedade, o que resulta na falta de investigação de onde se encontra o problema, o que pode ser muito prejudicial para o amigo de quatro patas. Alzheimer, dores, desconfortos, perda de visão ou audição e ansiedade em cães podem ser alguns dos resultados das más noites de sono do animal. Mesmo que seja típico de animais idosos fazer suas necessidades em locais impróprios, ainda é dever do tutor ficar atento.

O que pode diferenciar um pet idoso com Alzheimer em animais é a forma que ele está urinando e defecando. Os cães idosos costumam urinar em lugares indevidos porque não são capazes de segurar o xixi por muito tempo. Já os animais com essa doença, não sentem vontade de fazer xixi ou defecar, uma vez que o cérebro não é mais capaz de assimilar tal informação. Pets com Alzheimer podem fazer suas necessidades deitados, dormindo ou em momentos de brincadeira.

A primeira coisa a se fazer quando se está desconfiado que o pet está doente é levá-lo até uma clínica veterinária e procurar um especialista em neurologia veterinária. Com o devido profissional, o animal de estimação vai passar pela avaliação clínica e realizar exames laboratoriais para eliminar outros tipos de problema e ter maior precisão no diagnóstico. Alguns medicamentos podem ser prescritos para melhorar o impulso de transmissão dos neurônios.

 

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