Psicóloga orienta como minimizar os efeitos negativos do consumo das redes sociais

Como em diversas áreas, a pandemia também impulsionou e aumentou o uso diário das pessoas nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter. Ao mesmo tempo se percebe uma maior incidência de doenças como depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos, que acabam sendo agravadas devido ao excesso do consumo virtual.

A professora e coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Cesuca, Paola Vargas Barbosa, afirma que hoje as redes sociais permitem o contato entre as pessoas em todo lugar do mundo, mas também têm impactos negativos na percepção da imagem de seus usuários, influenciando níveis de insatisfação corporal, estados de humor e autoestima, especialmente quando o foco da analise são jovens e adolescentes.

Segundo ela, como quase tudo na vida, o controle de efeitos negativos vem de reflexão. É importante analisar: “como utilizo meu tempo nas redes sociais? Vendo o que?” É claro que podemos pensar que as redes sociais nos permitem ocupar nossa cabeça com o nada. Talvez rolar o feed me faça descansar ou rir depois de um dia cheio no trabalho também. Ao mesmo tempo pode estar me afastando de uma boa conversa com o meu filho ou do meu tempo adequado de sono. Por isso a reflexão é necessária.

O “tempo ideal gasto” será diferente para cada um de nós. Mas é preciso estar atento: quando estamos gastando tempo demais nisso e falta tempo para outras coisas importantes (como me relacionar, descansar ou dormir), algo pode estar errado.

Outro ponto a se pensar é: que resultado estar nas redes sociais produz em mim? Fico preocupado com o que como, visto, faço depois de ver o que os outros postam na rede? Me sinto pior sobre mim mesmo? Acho que só eu tenho problemas ou dificuldades? Então, talvez seja hora de diminuir meu tempo de exposição para me dar conta que as redes não expõem a vida como ela é. Se estar nas redes sociais me faz mal, preciso entender que eu tenho o poder de mudança. Você pode fazer melhores escolhas se essas tem produzido sofrimento. Se você tem dificuldade de controlar seu tempo na rede, estipule limites e horários. Coloque um alarme no celular te avisando quando é hora de começar e terminar meu tempo de exposição e consumo nas redes.

Por fim, a docente ressalta que é importante reforçar que crianças e adolescentes não têm muito controle do seu tempo nas telas e redes sociais, nem a maturidade para as reflexões necessárias sobre as discussões mais adequadas, das diferenciações entre fake news e informações verídicas, e nem do filtro sobre o mundo de aparências das redes. “Portanto, é preciso que os pais se responsabilizem e criem limites de tempo de uso e espaços mais adequados. É preciso estar atento ao que crianças e adolescentes veem e com quem conversam. Com adolescentes especialmente, um espaço de conversa aberto é sempre útil e protetivo”, finaliza.

 

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