Felinos e humanos são capazes de estabelecer relações muito profundas e intensas, ao contrário do que muitos pensam por aí. Quem acredita que apenas o cachorro é leal e sabe demonstrar seu amor está muito enganado. Isso porque esses bichinhos são muito leais aos tutores e apreciam a companhia de quem lhes faz bem, porém, também necessitam de muita atenção e carinho. É o que explica a veterinária Luana Sartori.
O cérebro do felino é muito mais parecido com o humano do que o do cão. Isso porque humanos e gatos têm uma região cerebral idêntica responsável pelas emoções. Aliás, é isso que explica a razão pelo qual alguns gatos tratam um membro humano da família de modo diferente. Os gatos aprendem como cada indivíduo funciona, ou seja, sabe direitinho qual familiar acorda mais cedo todo dia e pode lhe dar alguns petiscos.
Uma raça específica de gatos pode chegar a pesar 12 kg, o que significa, em média, o peso de seis sacos de açúcar. Essa raça se chama Maine Coon e é uma das maiores na lista de felinos domésticos. “Chamam os gatos dessa raça de “gigantes gentis” por serem muito amorosos. Esses bichanos podem chegar a 100 cm de comprimento e 41 cm de altura. Por serem tão grandes é que a displasia coxofemoral é a principal doença que afeta esses gigantes”, explica Luana. Essa doença é responsável pela alteração anatômica nas articulações, especialmente do quadril. “O problema causa bastante dor, o que torna ainda mais importante as visitas regulares ao veterinário para prevenção e garantia de bem-estar animal”, acrescenta Luana.
Muitas pessoas perguntam quanto tempo vive o gato. Luana explica que isso é relativo e varia muito de acordo com a genética, raça e, claro, ambiente em que o animal está inserido. Gatos que vivem em apartamento, recebem alimento de qualidade, gastam energia suficiente e frequentam o veterinário regularmente, podem até passar dos 20 anos. Felinos que têm acesso à rua, geralmente, possuem uma expectativa de vida em torno de três anos.
Por que o gato gosta de afofar o seu colo antes de deitar? Alguns motivos fazem os bichanos massagear as cobertas. O primeiro diz respeito à lembrança de quando eram filhotes, pois é o mesmo movimento que faziam para mamar. Ademais, felinos também fazem isso para ativar as glândulas da região, marcando território. Por fim, eles massageiam porque querem deixar o local fofinho para deitar. “Quando eram selvagens, os felinos dormiam em folhas e era preciso deixar o local mais confortável”, conta Luana.