O Paraná gerou, no mês de fevereiro, 22.767 novas vagas de emprego nos micro e pequenos negócios, segunda maior marca do Brasil em números absolutos. O número representa 54,7% do total de vagas criadas no estado, considerando empresas de todos os portes. Os dados são de um levantamento realizado pelo Sebrae, a partir de dados do Caged – do Ministério da Economia.
Mesmo com o início do agravamento da pandemia e com a adoção de medidas mais rígidas de restrição, as MPEs paranaenses tiveram nesse mês o melhor desempenho em relação à geração de novos postos de trabalho nos últimos doze meses. O número superou até mesmo os meses de outubro e novembro, que contavam com uma situação menos desfavorável em relação à pandemia.
No Paraná, o setor de serviços foi o maior criador de vagas em fevereiro, com 34,9% (7.959), seguido pelo comércio com 28,5% (6.498) e pela indústria da transformação (6.005). Em comparação com médias e grandes empresas, o setor de comércio é o de maior destaque. Das vagas geradas em fevereiro, 83,3% delas vieram dos pequenos negócios.
“As micro e pequenas empresas sustentam, mais uma vez, a geração de empregos. Por isso, precisamos cada vez mais apoiar o segmento, com políticas públicas dedicadas, pois ainda teremos um longo caminho para fazermos a retomada econômica que, passa também pelo dinamismo dos pequenos negócios”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta.
Acumulado de 2021
Ao se considerar os dados de janeiro e fevereiro de 2021, o Paraná acumula 42.327 novas vagas entre as MPE, terceira melhor marca do Brasil. O número representa 63,3% do total de vagas geradas no estado considerando empresas de todos os portes. O total, entre todos os portes, no ano, chega a 66.763.
Outro dado positivo é que em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a pandemia não estava presente no país, o total de vagas geradas pelos pequenos negócios teve um aumento de 71%. Nesse ano, foram gerados 17.578 postos de trabalho a mais em relação ao mesmo período de 2020.
Entre as 42.327 novas vagas, 34% são originárias do setor de serviços (14.393), 29,8% foram geradas pela indústria da transformação (12.619) e 22,7% (9.631) vieram do setor do comércio. O comércio também se destaca em relação ao número total de vagas geradas no estado, uma vez que o saldo positivo de vagas está presente apenas entre as micro e pequenas empresas.
Brasil
No acumulado do ano, dos cerca de 611 mil empregos gerados no primeiro bimestre, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas, enquanto, que, médias e grandes empresas criaram 134, 1 mil novas vagas. Apesar dos fortes impactos da pandemia nesse segmento, esse quantitativo é superior ao total de empregos gerados em 2020, quando foram criados 301,9 mil novos postos de trabalho, o que representa um aumento de mais de 102%. As MPE aumentaram a sua participação em 199.563 novas contratações contra 109.413 das MGE.