Erros que síndicos e a administração predial devem evitar

Também aponta que mais de 68 milhões de pessoas moram em condomínios no Brasil, que são administrados por mais de 421 mil síndicos e síndicas. Desse total, pelo menos 21,8 mil são síndicos profissionais, ou seja, gestores contratados para administrar os condomínios. 

O material ainda informa que os condomínios brasileiros movimentam mais de R$ 165 bilhões por ano. Isso representa R$ 452,05 milhões por dia, R$ 18,835 milhões por hora, R# 313,9 mil por minuto e R$ 5,2 mil por minuto. 

Quando ninguém do condomínio se habilita ou se candidata ao cargo de síndico, pode ser contratado um profissional para desempenhar a função. De acordo com o Art. 1.347 do Código Civil, inclusive, ele não precisa nem ser condômino para exercer o cargo, que pode ser ocupado por até dois anos e renovado depois disso.

Erros que devem ser evitados 

Não ter o devido conhecimento técnico – é indispensável que os condôminos profissionais conheçam a legislação aplicável aos condomínios. Os artigos 1.331 a 1.358 do Código Civil tratam dos “Condomínios Edilícios”, ou seja, condomínios com partes de propriedade exclusiva e partes de propriedade comum dos condôminos. Ao conhecer as leis, eles podem embasar sua tomada de decisões e, assim, evitar uma série de problemas em suas atividades. 

Não respeitar o quórum para realização de obras – em um condomínio, existem diferentes tipos de obras, cuja realização depende da aprovação de um número mínimo de condôminos. 

Divulgar os condôminos inadimplentes de maneira indevida – fazer tal divulgação pode resultar em ações de danos morais contra o condomínio por parte dos condôminos que se sentirem constrangidos. Portanto, o ideal é que se informe a condição de inadimplência ao condômino nos boletos de pagamento ou em comunicados individuais. Caso haja um balancete, por exemplo, ele não deve trazer o nome dos devedores, mas apenas o número da unidade. A lista pode ser apresentada na assembleia de condôminos, também sem expor o nome dos devedores. 

Oferecer descontos aos condôminos – é ilegal que o síndico profissional conceda descontos para os condôminos, quer por atraso ou por qualquer outra situação. Afinal, o dinheiro arrecadado é de todos os condôminos. Uma possível alternativa é propor um parcelamento do valor total ou estender o prazo, desde que isso tenha sido aprovado em assembleia. 

Deixar de observar as manutenções preventivas do condomínio – dá-se o nome de manutenção preventiva às manutenções que visam evitar futuros defeitos, como a verificação rotineira do funcionamento dos elevadores ou da fiação elétrica por profissionais devidamente capacitados, por exemplo. É fundamental que o síndico tenha um plano de manutenção predial preventiva, o que o permite manter todos os itens em perfeitas condições e evitar maiores gastos futuros. Verificações frequentes por parte do zelador ajudam bastante nesta questão. Além disso, de tempos em tempos, vale investir em visitas técnicas especializadas para instalações mais complexas, como as elétricas, hidráulicas e para prevenção e combate à incêndio, por exemplo. 

Não controlar bem as finanças do condomínio – assim como acontece nas empresas, é indispensável que os condomínios tenham uma gestão financeira bem controlada. Assim, sabe-se exatamente quanto é arrecadado, quanto é gasto e qual é o destino dos recursos financeiros. Caso o síndico note algo de errado com as despesas, o melhor a se fazer é convocar uma assembleia de condomínio o mais rápido possível para expor o problema e chegar a uma conclusão. 

Não se comunicar bem com os condôminos – o síndico é o profissional a quem os condôminos se dirigirão caso tenham alguma dúvida ou problema. Se a relação não for positiva, os desgastes se acentuarão mais cedo ou mais tarde. Quando a comunicação é clara, respeitosa e saudável, todos os envolvidos são beneficiados, dos condôminos aos profissionais que trabalham ali. 

Não ser transparente na gestão do condomínio – é de suma importância que os síndicos profissionais sejam transparentes em relação à prestação de contas e a quaisquer outros assuntos relacionados à administração do espaço. Afinal, ele é um profissional que está a serviço do condomínio e, por isso, deve deixar tudo às claras. 

Negar-se a recorrer ao auxílio da tecnologia- os síndicos profissionais devem olhar com carinho para a tecnologia, já que ela ajuda a resolver e evitar problemas, de softwares de gestão condominial a sistemas de segurança, passando pelos serviços de condomínio, por exemplo. Embora este nem sempre seja um pré-requisito, é importante que o profissional se mostre aberto a adotar soluções tecnológicas em seu dia a dia em prol de todos os envolvidos.

 

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