Além de ótimos companheiros, os pets podem ajudar pacientes com os mais diversos problemas de saúde, transtornos ou outras limitações. É a chamada Terapia Assistida com Animais (TAA) ou Pet Terapia – termo mais usado popularmente.
A Terapia Assistida por Animais consiste em um método na área da saúde, onde os animais auxiliam pacientes a atingirem os seus objetivos propostos em um tratamento.
Desde então, estudiosos e profissionais da área começaram a dar mais atenção aos benefícios Essas terapias têm como objetivo a inserção do animal na vida de pacientes em diversos tratamentos. Segundo a professora Claudia Scolari, os animais auxiliam na saúde física, psicológica, emocional, assim como na coordenação motora e reabilitação de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras.
Além do resultado positivo relacionado à autoestima e bem-estar do paciente, alguns hospitais também exercem o trabalho terapêutico com animais para a recuperação de seus pacientes.
“Além da questão do afeto, os animais auxiliam nas questões mais técnicas, como os cães guias, que são utilizados para guiar o deficiente visual ou auditivo, ou os cães cuidadores, que são treinados e preparados para sinalizar possíveis perigos para pacientes com doenças crônicas”, finaliza a professora Claudia.
Cãoterapia
O projeto “Cãoterapia”, por exemplo, atende pessoas com deficiências na APAE, no Estado de Minas Gerais. As atividades acontecem mensalmente e com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, presente em todas as tarefas realizadas entre cães e alunos. Com duração entre 30 a 50 minutos, a terapia é documentada para estudo e avaliação, como explica Rita Ferrari Paludo, gerente de gestão de pessoas.
Alguns benefícios da atividade e TAA já foram comprovados, como a diminuição da pressão sanguínea e cardíaca, além da melhora do sistema imunológico, da capacidade motora e da autoestima. Tecnicamente falando, conforme explica Rita, o processo também estimula a interação social e tem uma ação calmante e antidepressiva, o que resulta, em alguns casos, na redução da quantidade de medicamentos.
Rita destaca que o trabalho é sério e exige alguns cuidados, por isso, deve ser realizado apenas por quem entende do que está fazendo, pois não é qualquer cão que pode simplesmente sair visitando estas instituições de qualquer maneira. Os animais precisam estar aptos ao serviço de TAA. Um pet que estranha o paciente, por exemplo, pode causar o efeito contrário, trazendo um sentimento de rejeição extremamente prejudicial para esses alunos”, alerta.
Mais afeto
Para Luana Sartori, médica veterinária, o contato com os animais aumenta a produção de endorfina, que ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar, conforto, e alegria. Segundo os pesquisadores Brian Hare e Vanessa Woods, da área de evolucionismo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, as mesmas sensações sentidas em situações de afeto entre humanos também acontecem entre espécies diferentes.
Os cães também são responsáveis pela diminuição no risco das crianças desenvolverem alergias, segundo estudo da Universidade de Wisconsin-Madison. E os cães e gatos podem auxiliar na preservação da saúde do coração.
“De uma forma geral, os pets só trazem benefícios tanto para crianças, como para adultos e idosos. Os animais são compreensíveis, solidários e muito fiéis aos donos. É isso que estabelece a relação de confiança e afeto entre eles. E é isso que movimenta todas as energias boas que os bichos são capazes de provocar. É por isso que nossas atenções devem estar voltadas para o bem-estar dos bichos, garantir que tenham uma vida feliz, saudável, com alimento de qualidade e acompanhamento veterinário periódico. É isso que todos eles merecem”, completa Luana.