Passar o Natal e o Réveillon no litoral ou no interior, longe dos grandes centros, é o programa de grande parte dos brasileiros. O aluguel por temporada é bastante comum no período, mas nem sempre os viajantes se atentam a detalhes importantes em relação aos imóveis que, via de regra, ficam boa parte do ano fechados: manutenção e condições de estrutura e isso pode trazer grandes problemas nas férias.
Não é muito comum entre os contratantes checar as instalações elétricas, hidráulicas ou o sistema de gás, a engenheira. Martha Velloso Feitosa observa que um dos riscos eminentes são os de incêndios causados por curto-circuito, descargas elétricas e falta de equipamentos que possam controlar esses incidentes.
Em relação às estruturas, paredes com rachaduras, telhados velhos com risco de desmoronamento, infiltração de água, que também abalam a estabilidade do imóvel, são pontos de preocupação”, explica a especialista. “É preciso considerar que esta época do ano é quando ocorrem as chuvas mais volumosas. Portanto, as consequências de uma cobertura deficiente podem ser mais graves”, complementa.
Ainda segundo a engenheira, o foco do problema é a falta de manutenção que os proprietários esquecem ou deixam de fazer, comprometendo os sistemas construtivos, que se desgastam com o tempo, principalmente na praia com a maresia. “Todos os imóveis precisam de uma avaliação periódica e criteriosa em todas as áreas: hidráulica, combate a incêndio, gás, elétrica, cobertura etc. Caso contrário, corre-se o risco da perda excessiva de funcionalidade e segurança, podendo ocorrer colapsos parciais ou totais dos sistemas”, reforça.
Ela lembra, também, que antes de assinar o contrato é aconselhável solicitar ao síndico ou locador um laudo de inspeção predial assinado por um profissional habilitado. Além de evidenciar o real estado do imóvel, garante que ele seja utilizado e devolvido nas mesmas condições que foi entregue, dando tranquilidade para ambas as partes. Assim, locador e locatário se asseguram juridicamente e evitam qualquer aborrecimento. “O documento não garante que um acidente não possa ocorrer, mas oferece mais segurança para resguardar a edificação e as vidas que ali transitam”, finaliza Martha.