A palhinha é um acabamento que carrega história e memória na trama das fibras naturais. Com origem na Índia, o revestimento se popularizou em Viena, na Áustria, e passou a integrar versões de peças clássicas do design, como a poltrona Luís XV e a cadeira Medalhão. Graças a sua trama vazada, considerada ideal para climas tropicais, a palhinha entrou nas casas brasileiras e se tornou um material característico das décadas de 1950 a 1970.
Com o movimento de valorização de peças artesanais, o acabamento ressurgiu com força nos últimos anos, repaginado e integrado ao mobiliário contemporâneo. “A palhinha é um produto que nunca saiu de moda, podendo ser usado tanto em cadeiras e poltronas quanto em portas e biombos”, conta a arquiteta Ieda Korman. “Uso muito mobiliário com palhinha, pois o resultado de seu design é muito delicado, dando leveza e calor ao ambiente”, comenta a profissional.
A palhinha natural pode ser tingida e mostrar a versatilidade de diferentes tons do material na decoração. Pode ter no encosto uma versão mais escura do material, e harmonizar com painéis e a poltrona de leitura. Na sala de estar, a versão tradicional do acabamento compõe as poltronas. As cadeiras pretas com encosto de palhinha podem ser destaque da sala de jantar.
O estilo moderno e despojado combina materiais rústicos, peças asiáticas e de design brasileiro. As cadeiras em palhinha podem rodear a mesa que pode ser de laca branca, em destaque sobre o piso de madeira de demolição. Paredes de tijolinhos, no pendente na cor cobre e na porta vermelha, ousam no décor.