A disponibilidade de materiais sustentáveis na arquitetura vem aumentando, já que as pessoas e a cadeia construtiva como um todo seguem em um processo de conscientização sobre práticas ecologicamente corretas. Uma obra com esse perfil deve levar em consideração o aproveitamento de recursos naturais e uma criteriosa escolha de materiais desenvolvidos pela indústria com vistas para diminuir ou atenuar o impacto ambiental.
“Na prática, isso quer dizer que devemos construir com mais responsabilidade em relação ao meio ambiente e com o lixo produzido, evitando desperdícios e aproveitando ao máximo os recursos sustentáveis”, explica a arquiteta Elaine Faustino.
O tijolo ecológico é uma alternativa verde aos tijolos de barro padrão e ainda apresenta outras vantagens. Ao contrário dos tradicionais, que são queimados em fornos e geram gases poluentes, os ecotijolos são compactados e moldados em uma prensa hidráulica, dando vida a um material de grande resistência, isolamento acústico e térmico.
Produzidos a partir de matérias-primas biodegradáveis, os bioplásticos se decompõem na natureza muito mais rápido se comparado ao plástico sintético. O material é capaz de substituir o plástico comum na fabricação de incontáveis produtos como pisos, rodapés, revestimentos e divisórias para ambientes.
Os vidros eletrocrômicos são vidros inteligentes que permitem reduzir gastos com ar condicionado, além de garantir conforto visual controlando a passagem de luz nos ambientes. A arquiteta indica que podem ser aplicados tanto em áreas internas quanto nas fachadas das casas.
O uso de painéis no telhado permite o aproveitamento da energia do sol para gerar iluminação natural e o calor pode ser usado para aquecer a água do banho, da piscina e de ambientes.
O bambu é uma madeira leve, sustentável e que possui alta resistência à tração, características que o tornam ideal para elementos estruturais ou acabamentos e móveis internos. “É um recurso renovável pelo seu rápido crescimento”, reforça Elaine.
O uso de vegetação no telhado reduz o impacto da luz solar direta, que por sua vez reduz o consumo de energia elétrica com ventiladores e ar condicionado. A captação da água da chuva gera grande economia de água. As lâmpadas de LED consomem bem menos energia, tem vida longa, não emitem raio ultravioleta e nem infravermelho, fatores que reduzem bastante o impacto ao meio ambiente e a conta no final do mês.