A redução da inflação (IPCA) e da Selic fizeram com que muitos investimentos, inclusive imóveis, deixassem de ser atrativos. Os novos fundos imobiliários vieram como alternativa muito mais rentáveis. A crise imobiliária brasileira gerou uma grande ausência de compradores, bem como uma grande parcela de inquilinos que suplicaram a rescisão de contratos de locação ou simplesmente não os renovou.
Muitos benefícios chegam através dos fundos imobiliários com contratos atípicos como, por exemplo, a garantia de locação por, no mínimo, 10 anos e a ausência de imposto de renda – o que a torna mais segura e sólida, podendo existir a vacância física, mas não a vacância financeira, já que a multa pela “quebra de contrato” seria o valor restante do contrato. “O processo de corte de juros do Banco faz com que os Fundos Imobiliários se tornem uma oportunidade por dois motivos: pela recuperação econômica, até no próprio setor, e o resultado em rendimento dos contratos atípicos de 5 a 10 anos, que são atrelados à inflação. Esses fundos imobiliários listados em bolsa têm uma isenção do imposto de renda para a pessoa física”, defende Thiago Figueiredo, especialista do setor.
Thiago acredita que terá um fluxo de aplicações do mercado de renda fixa de baixo risco para esse tipo de produto e também que exista uma tendência até dos próprios alocadores começarem a alocar recursos nesse tipo de produto. Na prática a operação consiste em o fundo comprar um imóvel logístico de uma empresa com risco de crédito de primeira linha, pagar à vista e em troca esta corporação se compromete a pagar um aluguel mensal próximo de 1% ao mês pelo prazo mínimo de 10 anos, com cobertura de seguro contra inadimplência, de acordo com a política de investimentos. “É um excelente negócio para a empresa, pois ela se capitaliza pagando um spread baixo, muito mais em conta se fosse pegar um empréstimo em um banco. E para o investidor também é ótimo, pois ele sabe que o fundo terá um fluxo financeiro sólido baseado em crédito de empresas de primeira linha. Esta é a nova era dos fundos imobiliários”, finaliza Figueiredo.